Balanço de 2020 da Covid-19 na Maternidade de Campinas destaca zero óbito de gestantes e bebês

janeiro 31, 2021

O maior cuidado por parte das gestantes no pré-parto, associado ao esforço de toda a equipe para a adoção e respeito à todas as precauções e medidas sanitárias, assistenciais e administrativas para proteger a saúde dos pacientes, funcionários, colaboradores e da equipe médica, foram os principais fatores para assegurar os resultados. Em janeiro de 2021, o hospital atendeu 22 internações com suspeita de Covid-19, das quais quatro necessitaram de suporte intensivo em UTI. Atualmente, uma paciente encontra-se na UTI Adulto.

Ao divulgar o balanço dos atendimentos aos pacientes – gestantes, parturientes recentes e recém-nascidos, o Hospital Maternidade de Campinas comemora que, apesar das 126 gestantes internadas que apresentaram suspeita de Covid-19, das quais 52 confirmaram a doença após a realização dos testes, nenhum óbito foi registrado na instituição em consequência do coronavírus no período de março a dezembro de 2020. Além das gestantes, dos 35 recém-nascidos suspeitos de terem contraído a Covid-19, três tiveram a confirmação da doença. Dois receberam alta e um permanece internado na UTI (Unidade de terapia Intensiva) Neonatal por complicações de má formação congênita intestinal. Do total de 52 gestantes que confirmou a doença em 2020, sete necessitaram de suporte intensivo e uma delas, no 2º trimestre de gestação, precisou de intubação orotraqueal. Essa gestante já recebeu alta e seu bebê nasceu saudável.

Além das gestantes, considerando que o Hospital Maternidade de Campinas também realiza outros procedimentos - como cirurgias avançadas nas especialidades de endometriose e endoscopia ginecológica, de oncológica abdominal, de cirurgia bariátrica e metabólica e de urológica e patologias masculinas -, a instituição atendeu também, em 2020, mais 15 suspeitos de Covid-19, dos quais 11 descartados e quatro positivados.

Em janeiro de 2021, foram registradas 22 internações de pacientes com suspeita de Covid-19, sendo que oito positivaram e oito negativaram para o coronavírus e seis ainda aguardam o resultado dos exames. Das pacientes negativadas, três já receberam alta. Uma segue internada na UTI Adulto com Covid-19, em estado grave, necessitando de ventilação mecânica.
O número considerado baixo de casos graves de Covid-19 no Hospital Maternidade de Campinas, principalmente diante da média de realização de 850 partos por mês, deve-se a três principais fatores, de acordo com o presidente da instituição, Dr. Carlos Eduardo Ferraz: os cuidados das próprias gestantes em evitar se expor à transmissão da doença, as medidas severas adotadas pela administração para evitar a disseminação do vírus no ambiente hospitalar e a capacitação da equipe clínica.

As medidas adotadas pela instituição incluíram desde a logística para a triagem, internação e tratamento das pacientes, passando pelas questões sanitárias, como higienização e distanciamento, e incluíram o treinamento contínuo de toda a equipe do hospital, sem exceção, começando pela conscientização da gravidade da doença até a criação de protocolos para a paramentação e desparamentação dos equipamentos de segurança.

“A segurança hospitalar sempre foi prioridade na Maternidade de Campinas. Vale lembrar que grande parte dos nossos pacientes é de parturientes que procuram o nosso hospital para realizar um dos grandes sonhos do ser humano: trazer ao mundo uma nova vida. Isso nos motiva ainda mais a manter os nossos índices de infecções os mais baixos possíveis. É pensando nesta nossa dupla missão de garantir a saúde e a segurança para as mães e para os bebês, permitindo que eles sejam recepcionados, atendidos e retornem aos seus lares sem correr riscos desnecessários, é que nos preocupamos com os cuidados, com os detalhes, para que possamos preservar vidas e sair fortalecidos dessa pandemia”, explica o Dr Ferraz.

Vacinação

A vacinação contra a Covid-19 no Hospital Maternidade de Campinas começou no dia 22 de janeiro. A enfermeira Flávia Chiuchi do Cento do Cirúrgico, foi a primeira a receber a vacina, aplicada pela colega Márcia Micaroni, da UTI Adulto. Cerca de 880 doses haviam sido aplicadas até o dia 27.

Preparação para a crise

Uma das primeiras medidas, logo que surgiram os primeiros casos de Covid-19 como pandemia, foi a formação do Comitê Gestão de Crise para gerir as informações e definir diretrizes assistenciais e administrativas, além das ações a serem implementadas no combate à pandemia dentro da instituição. As reuniões ainda são periódicas através da plataforma on-line Zoom. Para o enfrentamento da Covid-19, uma das primeiras medidas foi a instalação de uma tenda na entrada do hospital para a pré-triagem, visando diminuir o fluxo e separar os pacientes sintomáticos. As demarcações asseguraram o distanciamento entre pacientes, visitantes e funcionários e colaboradores (recepção, área de triagem do hospital e refeitório).

O Centro Obstétrico foi adaptado para atendimento das pacientes com casos suspeitos ou confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Cinco leitos de UTI/Adulto foram destinamos para internação dessas gestantes e, outros quatro, da UTI/Neonatal, para recém-nascidos. Houve restrição de visitas. Entre as medidas preventivas esteve a antecipação da campanha Contra Influenza. Todos os setores do hospital, contemplando todos os plantões (manhã, tarde e noite) e os médicos do corpo clínico e terceiros, foram vacinados.

Todas as equipes - assistencial e administrativa - foram capacitadas, num total de 1.198 pessoas treinadas logo no início da pandemia. Também foi importante a criação do POP (procedimento) para o processo de paramentação o desparamentação dos EPI´s utilizados na assistência ao paciente suspeito ou confirmado para a COVID19, que incluiu treinamento com simulação realística para as nutricionistas clínicas e para as lideranças da equipe de higiene.

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar também realizou diversos treinamentos para orientar os trabalhadores sobre a prevenção de contágio pelo coronavírus, desde a forma correta de higienização das mãos até a utilização, manipulação e armazenamento das máscaras e Face Shield. Foi disponibilizado álcool em gel em todos os setores, inclusive nos administrativos. “O conjunto de nossas ações e responsabilidades é que faz o Hospital Maternidade de Campinas, uma instituição centenária, ser referência como a maior e uma das melhores maternidades em número de nascimentos do interior do Brasil. Temos em nossas mãos, exercendo as nossas funções com profissionalismo e segurança, o privilégio de dar às boas-vindas à essa nova geração, a esses novos habitantes do planeta”, diz o Dr. Ferraz.


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