No tempo das nossas mães, a escolha de um cirurgião plástico era um processo que começava pela indicação do profissional por alguém de confiança. Normalmente, esta pessoa já havia passado por algum procedimento sob seus cuidados e tinha ficado satisfeito com o resultado final. Porém, nos dias de hoje, esta história vem sendo escrita de maneira diferente: com as redes sociais cada vez mais presentes na rotina das pessoas, é muito comum que a escolha do cirurgião comece pela pesquisa do próprio paciente e, em seguida, pela avalanche de informações que ele passa a receber. 

“Basta uma palavra-chave para que sejamos bombardeados por um número cada vez maior de informações, seja pelo Google, Instagram ou Facebook. Embora isto tenha um lado positivo, é preciso estar atento para não permanecer em uma camada superficial de entendimento, com pouca informação e sem paciência para avaliar profundamente uma propaganda”, afirma Dr. Eduardo Kanashiro, fundador da Academia da Pele, startup que dá todo o suporte aos médicos da área de estética para que possam se dedicar com mais qualidade ao paciente.

Segundo o cirurgião plástico, a escolha do especialista que fará uma intervenção em seu corpo – seja por necessidade ou por estética – precisa obedecer alguns critérios para que o procedimento ocorra com segurança. “Muitas pessoas ficam empolgadas apenas com fotos e dizeres atraentes, mas isto está longe de representar uma garantia de preparo e competência”, diz ele.

Uma das primeiras preocupações do paciente deve ser checar se o médico responsável pelo procedimento tem cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM) da região em que atua e se, de fato, é habilitado em cirurgia plástica. “Esta é uma recomendação da própria Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, ressalta Dr. Kanashiro. Além disso, é fundamental pesquisar no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) se o especialista é filiado à entidade. 

Ele lembra que, para ser cirurgião plástico, são necessários 11 anos de estudo: seis anos para formação em Medicina, dois de especialização em cirurgia geral e mais três anos em cirurgia plástica. “É clara a diferença entre um profissional que se prepara durante 11 anos para exercer esta especialidade e outro que não está habilitado”, afirma o especialista.

Dr. Kanashiro alerta que, infelizmente, há muitos aventureiros sem o devido preparo nas redes sociais se oferecendo para realizar cirurgias plásticas no abdômen, mama, face, entre outras partes do corpo. Por isso, ele lembra que todo cuidado é pouco para não cair nas mãos de alguém sem habilitação adequada. 

Vale a pena ainda checar se os comentários dos pacientes nas redes do médico são positivos e se são verdadeiros. Aquelas pessoas realmente existem ou são “fakes”? Analisar os feedbacks é muito importante para entender se a satisfação dos pacientes é real.

Outra dica do médico para não errar é sair do mundo virtual e visitar presencialmente o consultório do especialista, a fim de esgotar todas as suas dúvidas. “É essencial que o paciente se sinta acolhido o suficiente e seguro antes de agendar qualquer procedimento. Sair do consultório com questões não respondidas pode ser um sinal de que você ainda não encontrou o cirurgião ideal”, finaliza o médico.

Sobre a Academia da Pele

Primeira healthtech brasileira criada para democratizar o autocuidado e trazer soluções no mercado de estética e saúde da beleza. Fundada pelo Cirurgião Plástico, Dr. Eduardo Kanashiro, tem sete unidades em São Paulo e está em constante expansão. O aplicativo está disponível para Android e iOs. 

Médico pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (UNILUS), com residência em Cirurgia Geral pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e Cirurgia Crânio Maxilo Facial pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). 

Além da Academia da Pele, o Dr. Eduardo também é fundador da Clínica Due e foi Investidor Anjo e board advisor da MedRoom, startup brasileira focada no desenvolvimento de aplicações para treinamento em saúde com realidade virtual, vencedora do BIG Starter 2017 com o melhor jogo de educação e finalistas no Serious Games Showcase & Challenge 2017, vendida recentemente para o Grupo Anima.

O médico também pertence à associação de investidores anjo BR Angels, formada por mais de 100 CEOs e empreendedores de grande relevância nacional e internacional.