Quais tipos de alopecia permitem o transplante capilar?

abril 28, 2023

Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar

Especialista da Associação Brasileira da Cirurgia da Restauração Capilar explica os diferentes tipos de alopecia e como é o tratamento para cada necessidade

Na última semana, a novela Vai na Fé, da Rede Globo, abordou a alopecia areata da personagem Marlene, vivida pela atriz Elisa Lucinda. O tema gerou bastante dúvida entre o público, uma delas é sobre a possibilidade do transplante capilar. Todos os casos podem se beneficiar do procedimento?

Existem diversos tipos de alopecia, que é o termo genérico para queda de cabelo, sendo as mais comuns a alopecia androgenética (a famosa calvície) e o eflúvio telógeno, um tipo de queda que acontece depois de uma agressão ao organismo, que pode ser tanto física quanto emocional. Além desses, existem também a alopecia frontal fibrosante, o líquen plano pilar (LPP) e a alopecia areata, caso apresentado na novela. 

Segundo a Dra. Anna Cecília Andriolo, dermatologista e vice-presidente da ABCRC - Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar -  para cada tipo de queda de cabelo existe um tratamento específico, por isso, é importante não generalizar e tratar da mesma forma. 

“Para as quedas de origem genética, normalmente o tratamento é em longo prazo e contínuo, pois é o gene do paciente, então é necessário um tratamento maior. Para quedas agudas, é possível tratar aquele episódio e acompanhar o paciente com frequência” afirma Dra. Anna Cecília Andriolo.

A especialista explica também que o transplante capilar é uma opção para devolver a autoestima e o bem-estar do paciente. “Em paciente que já faz o tratamento e mesmo assim não conseguiu o resultado desejado, a cirurgia pode ser uma aliada para otimizar o seu resultado e seguir com o tratamento clínico. Em alguns casos, como nas alopecias cicatriciais, decorrentes de acidentes, queimaduras ou perda de parte dos cabelos por uma alteração do couro cabeludo, a técnica também é eficaz para devolver os fios”, afirma a Dra. Anna Cecília Andriolo.

Porém, nem todos os tipos de alopecia estão aptos ao procedimento, apesar da maioria ser muito bem beneficiada. O caso de alopecia areata abordado na novela, inclusive, é um caso que merece atenção ainda maior antes de definir o tratamento, como sinalizado pela especialista, já que essa é uma doença autoimune em que o corpo destrói as próprias células e tem como característica a perda de cabelos em forma de círculo – na cabeça, barba, pernas, sobrancelhas e até cílios. Para casos como esse, o tratamento para o couro cabeludo ainda não foi definido. Por isso, é essencial consultar sempre um médico dermatologista ou cirurgião plástico especialista em cabelos para fazer o diagnóstico adequado e indicação da cirurgia de restauração capilar.

 

Sobre a ABCRC

A ABCRC é uma associação sem fins lucrativos composta por médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos que realizam cirurgia de restauração capilar. O objetivo da entidade é congregar os profissionais e propiciar atualizações científicas, garantindo a defesa profissional e o renome brasileiro no transplante capilar.



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