Hurst cria braço para financiar shows e outras produções culturais

abril 11, 2023

 

MUV terá atuação global e vai operar em um mercado que movimenta R$ 171 bilhões somente no Brasil


A Hurst Capital, maior ecossistema de ativos alternativos da América Latina, vai lançar uma nova marca, a MUV, para financiar e gerenciar a produção de shows musicais e outros projetos na área da economia criativa como espetáculos diversos, cinema, entre outros. O setor movimenta bilhões anualmente somente no Brasil e oferece inúmeras oportunidades para investidores que buscam rentabilidade alta com risco menor do que o existente no mercado financeiro tradicional. O nome MUV foi criado a partir do substantivo “movimento”, definido como sendo um conjunto de ações de um grupo de pessoas mobilizadas por um mesmo fim. 

De acordo com o plano estratégico, a MUV estará focada em operações de investimentos em produções artísticas, mas também poderá contribuir com o setor comprando os direitos das obras ou por meio de parcerias estratégicas para que produtores tenham acesso a financiamento e criando uma rede segura, transparente e confiável para fomentar o setor. A MUV também ficará responsável pelas operações de royalties musicais, até o momento operado pela Músicas do Brasil, braço empresarial da Hurst que deixará de existir.

“A nova empresa compõe o ecossistema de ativos alternativos da Hurst e que estará totalmente inserida na economia criativa, segmento que necessita de apoio para se posicionar com mais força no mercado produtor de arte e entretenimento. É um setor importante. Para se ter ideia, apenas o mercado fonográfico movimenta, anualmente, R$ 2,1 bilhões no Brasil. Imagine quanto a cultura como um todo movimenta”, comenta Arthur Farache, CEO da Hurst.

De acordo com levantamento feito pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), o setor cultural brasileiro movimentou R$ 171,5 bilhões em 2021. Dados da FGV mostram que o segmento gera 5 milhões de empregos. E, segundo informações disponibilizadas pela Ancine em 2020, antes da pandemia os filmes brasileiros renderam R$ 142 milhões. 

Mas a nova empresa não se limitará ao mercado nacional. O objetivo é atuar globalmente. E aí os números impressionam. Dados levantados pela Hurst a respeito desse mercado mostram que existem 1,3 bilhão de assinantes de streamings e 523 milhões de assinantes de plataformas de música ao redor do mundo. Cinema e home entertainment somados movimentaram US$ 99,7 bilhões em 2020 e as vendas de artes e antiguidades atingiram US$ 65 bilhões em 2021.

A MUV surge quatro anos depois de a Hurst começar a atuar no mercado fonográfico. Em 2019, a fintech começou oferecer royalties musicais a seus investidores, operação comum no exterior, mas uma novidade no Brasil até aquele momento. O sucesso foi tão grande que estrelas do rock, do axé, do sertanejo, do funk, do forró e da MPB aderiram ao modelo. Só o compositor e cantor Toquinho participou de três projetos de originação de ativos.

Em 2021 a Hurst passou a originar ativos de obras de artes. Trabalhos de artistas brasileiros consagrados como Abraham Palatnik, Di Cavalcanti, Luiz Sacilotto, Tomie Ohtake, Judith Lauand, Jandyra Waters e Alfredo Volpi transformaram-se em oportunidades de investimentos. E, pela primeira vez, um mercado antes restrito a detentores de grandes fortunas tornou-se acessível à classe média. Por meio da tokenização dos ativos, foi possível vender cotas das obras. Assim, qualquer pessoa com R$ 10 mil disponíveis passou a ter a chance de participar deste valioso mercado.

No ano passado a Hurst começou a investir em cinema. Contribuiu com o financiamento da obra Swimming Home, produção internacional que está sendo rodada na Grécia, e transformou a dívida em ativos oferecidos em sua plataforma para os investidores. A MUV terá a responsabilidade de abraçar essas operações e gerar outras a partir desses mercados já explorados e de outros como espetáculos, produções teatrais etc. “Queremos investir em qualquer tipo de produção, não importa se grande ou pequena. O importante é dar retorno aos agentes envolvidos, ou seja, seus produtores, investidores e nosso ecossistema”.




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