HIV não tem cara - Estereótipos atrapalham o combate ao vírus

dezembro 01, 2020

 Especialista alerta para tabus criados desde a década de 1980 e que atrapalham o controle e a erradicação da epidemia






Às vésperas de iniciar o Dezembro Vermelho - Mês dedicado às medidas de prevenção contra o HIV, eu te convido a fazer uma reflexão!

Você sabia que desde a década de 1980, o HIV e a AIDS carregam muitos tabus que ainda atrapalham o controle e a erradicação da epidemia?

Desde que foram identificados os primeiros casos de HIV no Brasil, no início dos anos 1980, tanto o vírus quanto a doença causada por ele, a AIDS, passaram a carregar diversos estigmas. Um deles (talvez o mais antigo) é a crença de que apenas homens gays estão suscetíveis a contrair e disseminar a infecção.

DOENÇA DE TODOS

Entretanto, nos dias atuais, esse tabu vem sendo derrubado pelas estatísticas e descobertas da medicina, que mostram que o HIV não tem uma "cara" definida. Isso porque todas as pessoas estão sujeitas à infecção pelo vírus, não importando o gênero, idade, raça ou comportamento sexual.

Nos dias atuais, estatisticamente, a AIDS ainda prevalece entre homens homossexuais e bissexuais. Porém, a diferença é muito pequena se comparado a homens heterossexuais. De acordo com o Ministério da Saúde, entre a população masculina, a exposição de homo/bissexual ao HIV está na casa dos 40,3%, enquanto os casos notificados de homens heterossexuais está em 38,7% - uma diferença mínima de 1,6.

Dados atuais no Brasil

Segundo o mais recente boletim epidemiológico sobre a AIDS no Brasil, divulgado em 2019 com números de 2018, foram diagnosticados 43.941 novos casos de HIV e 37.161 casos da doença no país. Ao todo, de 1980 a junho de 2019, o país registrou 966.058 casos de AIDS.


Dr. Danilo Galante – Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery e doutorado na USP. Membro titular da Sociedade Brasileira  de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade (incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica. Site: https://drdanilogalante.com.br/

Instagram: @danilogalante  

https://www.instagram.com/drdanilogalante

Você poderá gostar também

0 comentários

Deixe sua opinião sobre o post: Não esqueça de curtir e compartilhar

snapwidget

Subscribe

//]]>