Com curadoria de Kátia Canton, CCBB segue com o debate de ideiaspara lembrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922
fevereiro 23, 2022
Com curadoria de Kátia Canton, CCBB segue com o debate de ideias
para lembrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922
Contingências Antropofágicas / 100 anos depois de 22 discute aspectos
históricos, estéticos e humanos do movimento modernista.
Para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta o projeto Contingências Antropofágicas / 100 anos depois de 22 que segue no CCBB São Paulo nos dias, 23 e 24 de fevereiro, quarta e quinta às 17h. Presencial e gratuito.
Com idealização do escritor e Mestre em Artes Visuais Valdo Resende, curadoria e mediação da artista visual, escritora e jornalista Kátia Canton e produção da Kavantan & Associados, de Sonia Kavantan, o debate de ideias propõe reflexões sobre os contextos sócio-históricos que deflagraram a concretização do movimento ocorrido entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo.
O seminário também questiona as influências dessa primeira etapa do modernismo na arte hoje e joga luz sobre os significados de uma busca pela identidade brasileira através da arte. Como a questão da brasilidade toma corpo agora? O diferencial do projeto é que estarão no foco da discussão as contingências em três aspectos – Histórico, Estético e Humano.
Programação CCBB SP:
23 DE FEVEREIRO, 17H:
Contingências estéticas - A Composição da sinfonia modernista de 22:
- O Lastro Modernista nas Artes Hoje, com Agnaldo Farias.
- Semana de 22 e 2022, com Ana Cristina Carvalho.
A contingência tratada aqui articula as especificidades da estética desenvolvida pelos principais artistas que formaram essa primeira fase do modernismo brasileiro. Nas artes visuais, na literatura e na música, como se caracterizou essa produção? Quem eram eles e como foram responsáveis pela representação de uma geração?
Agnaldo Farias – É professor doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Foi Curador Geral do Museu Oscar Niemeyer, de Curitiba, do Instituto Tomie Ohtake (2000/2012) e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1998/2000). Curador de Exposições Temporárias do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (1990/1992). Em relação a Bienal de São Paulo, foi Curador Geral da 29a. Bienal de São Paulo (2010), da Representação Brasileira da 25a. Bienal de São Paulo (1992) e Curador Adjunto da 23a. Bienal de São Paulo (1996). Curador Internacional da 11a. Bienal de Cuenca, Equador (2011), do Pavilhão Brasileiro da 54a. edição da Bienal de Veneza (2011), e Curador Geral da 3a. Bienal de Coimbra, 2019. No começo de tudo, em 1972, foi “roadie” (peão do rock) dos Novos Baianos, no álbum “Acabou Chorare. Recebeu o prêmio “Melhor retrospectiva” da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA, 1994, pela Exposição Nelson Leirner, e o Prêmio Maria Eugênia Franco, da Associação Brasileira de Críticos de Arte – ABCA, pela melhor curadoria de 2011.
Ana Cristina Carvalho - Graduada em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), é Mestra e Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com Pós-graduação em Gestão e Turismo Cultural pela Universidade de Barcelona e Especialização em História da Arte Decorativa e Catalogação de Obras de Arte pela Christie´s Education, New York. É pesquisadora e escritora de várias publicações e textos sobre Patrimônio, Curadoria, Museus e Arte. Atualmente, é membro Comitê Internacional para Museus-Casas Históricas do Conselho Internacional de Museus (DEMHIST-ICOM), do qual foi vice-presidente. É, atualmente, membro do Conselho do Comitê Brasileiro do ICOM. Também é membro da ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte), da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) e do ICCC (Instituto Cultural de Cerâmica de Cunha). Desde 2007, é Curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo e organizadora do Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas.]
24 DE FEVEREIRO, 17H:
Contingências humanas - O significado do ser moderno hoje:
- Modernas! arte e gênero no Brasil dos anos 1920, com Ana Paula Simioni.
- Personagens da Semana de 22, com Percival Tirapeli.
Essa contingência se liga ao atravessamento do tempo/espaço e do alargamento do conceito modernista até os dias de hoje. Será que aquela é uma Semana que não terminou, como diz o título do livro do jornalista Marcos Augusto Gonçalves? Quais as principais influências que aquele momento nos deixou como herança? O que é mito, o que é verdade?
Ana Paula Simioni - Professora Associada da Universidade de São Paulo. Membro do Institut d´Études Avancés de Nantes (2021-2024). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1994), mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1999), doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2004),com doutorado-sandwich na École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris (2002). Desde 2009 é docente do Instituto de Estudos Brasileiros (USP), participando como professora orientadora do programa "Culturas e Identidades Brasileiras".Em 2018 concluiu a Livre Docência sobre "Mulheres Modernistas: estratégias de consagração na arte brasileira" É também professora colaboradora do programa de pós-graduação Interunidades "Estética e História da Arte" ( MAC-USP). Em 2019 foi professora convidada junto ao Institut d´Études Européens, Université de Paris 8; em 2013 foi professora convidada pelo Instituto de Estética e História da Arte da UNAM (México) e em 2016 foi professèure invitée junto à École Normale Superièure- Paris. Em junho de 2017 foi contemplada com uma bolsa da Fondation Maison des Sciences de l´Homme. Tem experiência na área de Sociologia da arte e da cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: arte e gênero; mulheres artistas; memórias e arquivos femininos. Realizou também a curadoria da Exposição "Mulheres Artistas: as pioneiras (1880-1930)", na Pinacoteca do Estado de São Paulo e "Transbordar: transgressões do bordado na arte", SESC PINHEIROS (2020-2021). Integra o Conselho de Orientação Artística da Pinacoteca Artística do Estado de São Paulo. É lider do grupo de pesquisa GAAI (Gênero, Arte, Artefato e Imagens) que congrega 5 docentes e cerca de 30 pesquisadores.Participa também da RAM (Rede de Arquivos de Mulheres)
Percival Tirapeli - Nascido em Nhandeara em 1952, é pesquisador e professor titular em História da Arte Brasileira pela UNESP, pós-doutor pela Nova de Lisboa; doutor e mestre pela USP, ex-conselheiro do Condephaat (2017/19), membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, ABCA, da qual foi vice-presidente (2006/08), e da AICA (Internacional). Membro do ICOMOS Brasil. Foi curador de exposições no Museu de Arte Sacra de São Paulo e desenvolveu a pesquisa sobre o acervo do Museu Boulieu, de Ouro Preto (2020 – 2021). Em 2020 publicou Artes dos Jesuítas na Ibero-América – arquitetura, escultura e pintura pela Edições Loyola e em 2018, Patrimônio Colonial Latino-Americano– urbanismo, arquitetura e arte sacra, pela SESC – finalista para o prêmio Jabuti. Em 2007, São Paulo – Arte e Etnias, pela Imprensa Oficial do Estado/UNESP, que publicaram também Igrejas Paulistas: barroco e rococó, em 2003, prêmio de melhor pesquisa nacional em artes pela ABCA, e Arte Sacra Colonial: barroco Memória Viva, 2001. É autor e organizador (FAU/USP e Arte Integrada), de Patrimônio Sacro na América Latina – séc. XVIII (2015) e séc. XIX (2017). Em 2005, lançou a coleção Arte Brasileira, pela IBEP-Nacional, em cinco volumes, incluindo um sobre Arte Moderna Contemporânea no Brasil. Realizou palestras sobre arte brasileira em diversos países, Espanha, Noruega, México, França, Bolívia, Paraguai e Colômbia. Concebeu e executou inédito sistema de monitoria educativa para Rodin e Rodin Porta do Inferno (Pinacoteca de São Paulo, Salvador, Recife e Fortaleza) em 1995. Em 1997, concebeu educativo para Universo Mágico do Barroco, FIESP, e em 2000, Barroco Brasileiro , para o Museu de Belas Artes de Buenos Aires, Argentina. Suas mais recentes publicações são A Capela da Nonna, Museu Casa Portinari, 2020, amplo estudo sobre a obra sacra de Portinari na Capela e as influências por ele recebidas, e Igrejas de São Paulo – Arte e Fé – pintura escultura e arquitetura (org. e autor - Loyola, UNESP e Arte Integrada) em 2022, Artista plástico, participou de salões de arte no Brasil desde 1975, expôs em coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
Dinâmica:
Nos três dias de evento (mesma quantidade de dias da Semana de 1922) haverá dois palestrantes e uma mediadora, com espaço de tempo para perguntas da plateia. O seminário será presencial e terá duas horas de duração. Cada encontro será aberto pela mediadora que apresentará colocações sobre o tema proposto e apresentará os palestrantes. Na sequência cada palestrante fará sua apresentação. O mediador retomará iniciando questionamentos para os palestrantes e depois o público também poderá fazer perguntas. Ao final, após as considerações finais dos palestrantes, o mediador fará o fechamento.
Além de São Paulo, o projeto também acontecerá no Rio de Janeiro (dias 11, 12 e 13 de março, 18h30), Belo Horizonte (dias 1, 2 e 3 de abril, 20h) e Brasília (dias 5, 6 e 7 de maio, 20h). Ao final de todas as cidades, serão disponibilizados nas redes sociais do CCBB um vídeo com a edição de todas as palestras e uma publicação com a transcrição dos conteúdos. Será emitido certificado digital para a pessoa que comparecer a pelo menos duas palestras. Haverá tradução em libras durante todas as atividades.
Sobre a curadora
Katia Canton é artista visual, escritora, jornalista, professora e curadora. Estudou arquitetura, dança e formou-se jornalista pela ECA USP, em São Paulo. Também estudou literatura e civilização francesas no curso de estudos superiores dado pela Aliança Francesa juntamente com a Universidade de Nancy II. Em 1984 transferiu-se para Paris, com uma bolsa de estudos de dança moderna no estúdio Peter Goss. Viveu em Nova York por oito anos, onde trabalhou como repórter para vários jornais e revistas e realizou mestrado e doutorado na New York University. Sua pesquisa acadêmica é interdisciplinar e relaciona as artes e os contos de fadas, de várias épocas e culturas do mundo. Trabalhou um ano e meio como bolsista no MoMA, de Nova York, criando projetos de arte e narrativa no departamento de educação.
De volta ao Brasil, ingressou como docente na Universidade de São Paulo, sendo professora associada do Museu de Arte Contemporânea (onde foi vice-diretora) e do programa de Pós-graduação Interunidades em Estética e História da Arte. Seu trabalho artístico é multimídia, incluindo desenho, pintura, fotografia e objetos, e conceitualmente se liga a questões sobre sonho, desejos e narrativas. Tem realizado exposições em museus, galerias e instituições culturais no Brasil e no exterior, desde 2008. Como autora, além de escrever livros sobre arte, criou mais de 50 livros ilustrados para o público infantil e juvenil, tendo recebido vários prêmios, no Brasil e no exterior. Entre eles, recebeu por três vezes o prêmio Jabuti, prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Serviço:
Contingências Antropofágicas / 100 anos depois de 22
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Período: 23 e 24 de fevereiro, 17h
Ingressos: Agendamento através do site bb.com.br/cultura e na bilheteria
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada gratuita
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 19h, exceto às terças
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228.
Valor: R$ 14 pelo período de até 6 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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