PAULO SANTOS APRESENTA “CHAMA”

março 27, 2022



Integrante do extinto grupo brasileiro de música experimental Uakti assina álbum solo dedicado à temática ambiental. Lançamento acontece em 25 de março nas principais plataformas de streaming e gratuitamente no Sesc Digital. 

 



São Paulo, 24 de março de 2022 - O Selo Sesc e o multi-instrumentista mineiro Paulo Santos, que fez parte do extinto grupo brasileiro de música experimental Uakti, apresentam o álbum “Chama”. Produzido entre 2020 e 2021, a obra estará disponível nas principais plataformas de streaming e gratuitamente no Sesc Digital a partir do próximo dia 25 e faz um alerta ao desmonte que a Floresta Amazônica, em especial, vem enfrentando nos últimos tempos.

 

Ao acompanhar pela imprensa as notícias a respeito do sucateamento dos órgãos de defesa da floresta, da falta de proteção aos povos originários, do envenenamento dos rios e da devastação dos biomas brasileiros foi que o músico veterano concebeu a ideia do disco. Essas notícias, tão presentes durante o período de pandemia, em um contexto de necessário isolamento social, levaram a uma profunda indignação com todo esse estado de coisas: “O trabalho tem esse sentido de falar do meio ambiente, da Amazônia, do Pantanal, pois para mim o Brasil é o ‘berço do ar’, que é também nome de uma das faixas do álbum. E ver tudo isso ser destruído me deu certa angústia”, comenta Paulo.

 

Composto por nove faixas, “Chama” está repleto de mensagens que alertam sobre a destruição da Floresta Amazônica. As músicas promovem reflexões sobre o papel da sociedade civil e de intelectuais frente às políticas ambientais, e como as autoridades estão criando caminhos para derrubar a Floresta em nome do desenvolvimento econômico, colocando em risco a sobrevivência da fauna e da flora. A obra conta com a produção musical de Paulo Santos e as colaborações de Frederico Finelli, Mauricio Takara e Fernando Sanches. O projeto foi gravado em Belo Horizonte, no Estúdio Três Luas, entre 2020 e 2021.

 

A criação e a gravação solitárias, iniciadas em casa, são também sinais dos tempos atuais. No álbum, Paulo toca todos os instrumentos, que vão da tabla indiana ao uso de samplers e texturas digitais que se destacam pela amplitude das variações timbrísticas, em um vivo diálogo entre o acústico e o eletrônico. A proximidade com a música eletrônica, aliás, presente em diversas composições, dispensa a repetição exaustiva para fluir de maneira orgânica, expressando-se enquanto trilha sonora que tem como motivo a própria vida: "Estamos assistindo, passivos e impotentes, a destruição do nosso ecossistema. E é este o tema deste disco. É sobre algo que está em processo. Não sobre o passado. E sim, o nosso presente”, explica.

 

Benjamin Taubkin, músico e compositor brasileiro, discorre sobre o álbum de Paulo Santos e o manifesto que a arte pode e deve fazer para alertar a sociedade quando o nosso maior patrimônio está em risco, a floresta, a vida: “Foi com encantamento que escutei este novo projeto do Paulinho Santos. E não são poucas as razões. Claro, primeiro pela simples escuta. Cada peça se apresenta como uma entidade em si mesma. Sem necessidade de outra referência que não o próprio som. E as imagens que vão atravessando a mente enquanto escuto. A primeira transição em Chama... e o rio aparece. O que gera uma estranha urgência. Não deixa de ser uma trilha sonora, das tantas que Paulinho fez ao longo de sua trajetória. Mas o tema é a própria vida. O filme está passando na nossa cara.”  

 

Paulo Santos 


Membro do grupo brasileiro de música experimental Uakti durante os 37 anos de sua existência, Paulo Santos ajudou o conjunto a se tornar um dos mais reconhecidos da música experimental no país, tendo gravado com artistas como Milton Nascimento, Paul Simon e Philip Glass. Paralelamente, Paulo compôs trilhas sonoras para cinema ("O Lodo" de Helvécio Ratton e "Fronteira" de Rafael Conde), performances, instalações e vídeos com o videomaker Éder Santos. Atualmente, entre outros projetos, desenvolve uma parceria com o Hurtmold, banda de rock instrumental cujo álbum “Curado” foi lançado pelo Selo Sesc em 2016. 

 

Ficha Técnica 

Produção Musical: Paulo Santos  

Produção: Frederico Finelli 

Capa: Alexandre do Amaral 

Artes e fotografias: Pedro Vilela

Mixagem/Edição: Mauricio Takara  

Masterização: Fernando Sanches - Estúdio El Rocha - São Paulo    

Gravado no Estúdio Três Luas - Belo Horizonte, entre 2020 e 2021   


 

Faixas do álbum:

 

1 - Chama (03:05)

É uma homenagem à luta incessante em favor dos povos originários e das florestas que a atriz Letícia Sabatella representa. Paulo contou com Tubo F#, Tambor Sírio, Flauta, Taques, Tablas, Marimba de Vidro, Caxixi, Caixa e Instrumento Digital para compor a canção. 

 

2 - Caos do Prenúncio (02:34)

A ideia inicial dessa música é a passividade com que observamos destruições iminentes se concretizarem diante de nossos olhos e mesmo assim serem levadas a cabo como declarações de passar a boiada e tocar fogo na Amazônia. Tudo isso aconteceu. O artista utilizou Taquará e instrumento Digital.  

 

3 - Um Minuto e Três Segundos (01:05)

A mensagem fala sobre o alarmante o número de árvores derrubadas em um minuto e três segundos na floresta amazônica seguindo a agenda de destruição vigente. Para a composição foram utilizados Escama (instrumento de tubos de pvc) e Instrumento digital. 

 

4 - Amazônia em Chamas (02:15)

Essa é a música que deu origem à ideia do disco e é fruto da indignação em ver o sucateamento dos órgãos de defesa da floresta, o morticínio de tribos indígenas, o envenenamento dos rios e a devastação dos biomas pelo garimpo estimulado pela falta de fiscalização. Canção conta com Tubo Marimba de Vidro, Er-Hu da Jú, Caixa, Temple Block e Instrumento digital. 

 

5 - Arde Fogo Queima (03:09)

Essa música define a paisagem quente do fogo se alastrando sem limite e das máquinas e motos derrubando, quebrando, arrebentando. Compositor contou com Marimba de Angelim e Instrumento Digital. 

 

6 - Berço do Ar (03:14)

As florestas sem dúvida são o grande berço do nosso ar, nossa respiração, nossa vida. É uma homenagem ao ar e de como precisamos desse super garantidor da vida na terra e como precisamos das Florestas e seu povo originário guardião. Single utilizou Tablas e Instrumento Digital. 

 

7 - Barravento centro da dor (02:41)

O ritmo barravento é o fio condutor do ostinato (um motivo ou frase musical que é persistentemente repetido numa mesma altura) variante que a marimba cria no seu desenvolvimento. A Moringa é o instrumento base dessa passagem viagem por sonoridades africanas de florestas que se completam. Artista buscou elementos sonoros na Moringa, Marimba de Angelim e Instrumento Digital. 

 

8 - Lamento das Águas (03:49)

Rios sendo assoreados e contaminados pela ação de garimpeiros, sem fiscalização, sem lei. Invasão de tribos indígenas pelos garimpeiros armados. Esse é o Lamento das Águas de todos os dias, o descaso e a destruição, e ao mesmo tempo a necessidade urgente de cuidar e preservar. Mineiro contou com sons do TriMi, Djembezin, Violão com arco, Tubo, Conga, Pandeiro e Instrumento Digital. 

 

9 - Seichin da Amazônia (03:28)

O poder da floresta de perseverar a toda essa investida brutal de desmatamentos e abusos, o poder dos povos originários e de pessoas como nós de gritar pela garantia das nossas reservas florestais. Canção leva influências da Flauta Bambu, Flauta, Taques, Saxtubo, Pandeiro, Marimba De Angelin, Tambor Sírio e Instrumento Digital. 

 

• SERVIÇO 

Selo Sesc lança álbum “Chama” de Paulo Santos 

A partir de 25 de março nas principais plataformas de streaming e gratuitamente no Sesc Digital.  

 

• SOBRE O SELO SESC 


Criado há 18 anos, o Selo Sesc tem o objetivo de registrar a amplitude da produção artística brasileira construindo um acervo pontuado por obras de variados estilos, épocas e linguagens. Em 2020, foram lançados no mercado digital os álbuns: Sessões Selo Sesc #6: Rakta + Deafkids, Sessões Selo Sesc #7: João Donato + Projeto Coisa Fina, Sessões Selo Sesc #8: Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 anos e Sessões Selo Sesc #9: ...And You Will Know Us By Trail Of. O CD-livro São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880) da pesquisadora e cantora Anna Maria Kieffer; o DVD Exército dos Metais, da série O Som da Orquestra, O Romantismo de Henrique Oswald (José Eduardo Martins e Paul Klinck); os CDs físico e digitais Dança do Tempo (Teco Cardoso, Swami Jr. e BB Kramer), Espelho (Cristovão Bastos e Maury Buchala), Eduardo Gudin e Léla Simões, Recuerdos (Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Ney Matogrosso), Música Para Cordas (André Mehmari), Estradar (Verlucia Nogueira e Tiago Fusco), Tia Amélia Para Sempre (Hercules Gomes), Gbó (Sapopemba), Acorda Amor (Letrux, Liniker, Luedji Luna, Maria Gadú e Xênia França), Copacabana - um mergulho nos amores fracassados (Zuza Homem de Mello), Tio Gê - O Samba Paulista de Geraldo Filme (vários artistas) e os álbuns digitais Mar Anterior (Grupo ANIMA), Olorum (Mateus Aleluia), Nana, Tom, Vinicius (Nana Caymmi), Jardim Noturno – Canções e Obras para Piano de Claudio Santoro (Paulo Szot & Nahim Marun), 7 Caminos (Emiliano Castro), São Paulo Futuro – A Música de Marcello Tupynambá (Vários Artistas), Cantos da Natureza (Pau Brasil), O Fim da Canção (Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski), Sessões Selo Sesc #10: Carne Doce, Sessões Selo Sesc 11: Orquestra Sinfônica de Santo André + Hamilton de Holanda, Claudio Santoro – Obra completa para violino e piano (Alessandro Santoro e Emmanuelle Baldini) e O Anel – Alaíde Costa canta José Miguel Wisnik (Alaíde Costa). Já em 2021, a gravadora lançou exclusivamente no ambiente digital os discos Villa-Lobos Trios (Claudio Cruz, Ricardo Castro, Antonio Meneses e Gabriel Marin), Viola Paulista – Volume II (Vários Artistas), Francisco Mignone: Manuscritos de Buenos Aires e Canções para Voz e Violão (Fernando Araújo, Celso Faria e Mônica Pedrosa), Akhenaten Bazucas (GOATFACE!), A Paisagem Zero (Helô Ribeiro), Tempo Tátil (Vladimir Safatle), Forró de Rabeca (Mestre Luiz Paixão); Outros Espaço (Rodrigo Brandão & Sun Ra Arkestra), De Sol a Sol (Toninho Ferragutti & Quinteto de Cordas), Poéticas (tributo ao poeta Jorge Salomão), Meneleu Campos (Quarteto Carlos Gomes) e Parabéns, Tânia! (Projeto Tânia Maria). Neste ano, a gravadora acaba de lançar o álbum Toda Semana: Música e Literatura na Semana de Arte Moderna (Vários Artistas) com um apanhado da ambiência sonora, poética e musical da Semana de 22. 

 

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Com 75 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 45 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. 

 

Saiba+: www.sescsp.org.br/sobreosesc 

 



Capa do álbum "Chama", lançado pelo Selo Sesc e Paulo Santos (Foto: Alexandre do Amaral)

Artista mineiro Paulo Santos lança "Chama" (Foto:Eugenio Savio)



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