Premiado fotógrafo brasileiro embarca na próxima semana para projeto sobre cavalos selvagens, nos Estados Unidos

abril 07, 2022

Raphael Macek fechou contrato com uma das maiores editoras de livros de arte do mundo e inicia o projeto Wild Horse Tour, que dará origem a um livro, série única de fotos e documentário – deve passar, também, por Mongólia, regiões da África e até Brasil.

Raphael Macek, premiado fotógrafo brasileiro especializado em cavalos, embarca para os Estados Unidos na próxima semana para dar início ao projeto Wild Horse Tour: livro, série única de fotos e documentário sobre a raça de cavalos Mustang, selvagem. O fotógrafo passa por cinco cidades americanas para realizar as imagens e deverá complementar o trabalho na Mongólia, regiões da África e até no Brasil. 


Macek é o principal nome hoje em atividade para capturar os nobres equinos em imagens que conquistaram milhares de admiradores. Entre estes, estão a rainha Elizabeth 2ª, que é uma grande entusiasta não só da criação de equinos como de corridas desses animais – ela é frequentadora assídua do tradicional torneio The Royal Ascot. Além dela, o fotógrafo brasileiro já atendeu a família Kardashian, Sheihk Ammar Bin Humaid Al Nuaimi - príncipe de Ajman um dos sete Emirados Árabes - e fotografou também cavalos das famílias dos gênios dos computadores Bill Gates (Microsoft) e Steve Jobs (Apple).


“Diferentemente de fotografar um modelo, em que um diretor pode demandar certas emoções, posições e sentimentos, a fotografia de cavalos é uma dança para se controlar o incontrolável”, conta Raphael Macek. “O cavalo não está ali para ser modelo. A forma como fotógrafo atualmente envolve grandes produções, com luzes artificiais, flashes e várias pessoas. Demanda horas de conexão com o animal antes de iniciar o ensaio”, explica. O projeto envolverá equipe de sete pessoas, que acompanharão Macek, além de um guia, e terá financiamento de duas associações de proteção aos Mustangs – a American Wild Horse Campaign e a Return to Freedom. O projeto todo é estimado em US$ 2 milhões. 


Para o livro, Macek fechou contrato com uma das maiores editoras de livros de arte e fotografia do mundo, a alemã teNeues – ele, inclusive, é o primeiro fotógrafo brasileiro a ser publicado pela casa editorial,que lançou seu livro “Equine Beauty” em 2015. Para o documentário, a expectativa é que seja produzido para canais de streaming, como Prime Video (Amazon) e Netflix. Livro e documentário devem ser lançados em janeiro de 2023, em escala global – com eventos já previstos para EUA, Alemanha e Brasil.


Macek escolheu os meses da primavera (no hemisfério Norte) para começar seu projeto porque, explica, “são o período de nascimento dos potros, como o das disputas dos garanhões pelas fêmeas, em época de reprodução”. 

 

Macek é radicado atualmente na Flórida (sul dos EUA), mas a paixão pelos cavalos vem da infância vivida na fazenda da família, no interior de São Paulo. Lá ele criou “uma conexão única e verdadeira com esses animais”. A convivência e a interação despertaram respeito e admiração, “e eles me permitem fotografá-los, transmitindo sentimento e emoção através das minhas imagens”, diz. Já o gosto por fotografar nasceu quando Macek tinha 19 anos, em uma temporada que passou com amigos nos EUA. Em 2005 ele se graduou pela New York Film Academy, e a partir daí passou a aprimorar seu olhar, buscando referências nos universos da arquitetura e da moda.

Mustangs-- Desafio selvagem


O Wild Horse Tour, Macek explica, é uma oportunidade sem precedentes de aplicar uma visão artística ao sentimento primitivo desses animais: “Quero conscientizar pessoas ao redor do mundo da importância da preservar e conservar esses cavalos e outros animais que são partes da nossa história”. A espécie se encontra sob proteção legal – de cerca de 2 milhões de animais por volta de 1900, restavam cerca de 17 mil em 1971 (de acordo com dados do Museu Americano de História Natural), quando então o Congresso dos EUA aprovou uma legislação específica para protegê-los. 


No Brasil, Macek explica que também tem cavalos selvagens – são cerca de 200 animais apenas no Estado de Roraima: “Esses animais estão em extinção no Brasil. Aqui eles eram chamados de lavradeiros e acabaram se tornando selvagens ao longo do tempo pela seleção natural”. Ele destaca que no país o mercado é mais voltado para raças domesticadas, principalmente europeias – como Lusitano e Friesians – e também as brasileiras – como Mangalarga, Mangalarga Marchador, os Crioulos, entre outros.


Suas imagens são edições limitadas, impressas em papel algodão, fine art e emolduradas utilizando vidros e acrílicos museológicos -- que garantem a preservação da obra de arte por mais de 100 anos. Os valores das fotos em geram iniciam em US$ 8 mil, e chegam a US$ 30 mil. 


Parte do lucro obtido com o Wild Horse Tour – tanto na venda do livro, quanto nas obras de arte fotográficas da série, além de um documentário – será revertida para associações protetoras destes animais. 

Sobre Raphael Macek:

Paulistano, 40 anos, Raphael Macek viveu em contato com cavalos na fazenda da família em Bauru (SP). Lá, criou uma conexão "única e verdadeira" com os animais. Aos 19 anos, durante uma temporada nos Estados Unidos, conheceu um grupo de amigos que estudava fotografia e foi conquistado. Em 2005, formou-se em fotografia pela New York Film Academy e deu início a uma carreira de sucesso. Com seu estilo único, ganhou a atenção de milhares de criadores, atletas e admiradores. Macek é o único fotógrafo brasileiro a clicar algumas das corridas de cavalos mais tradicionais do mundo, como a Royal Ascot, no Reino Unido - que tem a rainha Elizabeth como frequentadora assídua. Macek, inclusive, foi convidado a fotografar alguns dos cavalos pessoais da soberana britânica. Suas obras custam de US$ 8 mil a US$ 30 mil.


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