Muito além dos palcos: Sesc 24 de Maio recebe cursos, oficinas, bate-papos e aulas abertas no mês de junho
junho 06, 2022
Atividades do projeto Por uma vida mais louca: democracia e luta antimanicomial, programações integradas à exposição Raio-que-o-parta: Ficções do Moderno no Brasil, oficinas de Tecnologias e Artes e outras atrações compõem a programação de junho da unidade
Na foto: imagem de divulgação do curso Narrativas visuais - livro costurado em gum print | Crédito: Kamila Vasques |
O Sesc 24 de Maio está com diversos os cursos, oficinas, bate-papos e aulas abertas nomês de junho. São atividades presenciais e totalmente gratuitas. Confira a programação abaixo:
POR UMA VIDA MAIS LOUCA: democracia e luta antimanicomial— Projeto que tem como foco os temas da luta antimanicomial e da saúde mental, em sua dimensão social e política. As ações propostas estão sendo desenvolvidas tomando como marco inicial o dia 18 de maio, quando é comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial e como final, 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental. O projeto contempla bate-papos, mesa de debates, cursos, espetáculos, shows, clube de leitura, oficinas, podcast, dentre outras atividades.
Clube de Leitura: Canto dos Malditos, de Austregésilo Carrano Bueno — com mediação de Allan da Rosa — O ciclo de encontros do Clube de Leitura irá discutir de junho a agosto livros que exploram a questão da loucura e da luta antimanicomial. Em junho, a obra escolhida é o livro Canto dos Malditos, um texto autobiográfico em que o paranaense Austregésilo Carrano Bueno narra sua saga pelos hospícios de Curitiba e do Rio de Janeiro. Internado à força aos 17 anos num hospital psiquiátrico por seu pai, Austregésilo passou por sessões de eletrochoques e ingestão de diversos comprimidos sem nunca ter sido examinado por um médico. Publicado pela primeira vez em 2001, o livro faz parte do currículo de diversas universidades, além de ter dado origem ao filme Bicho de Sete Cabeças, dirigido por Laís Bodanzky e protagonizado pelo ator Rodrigo Santoro, mundialmente premiado e importante colaborador para a luta antimanicomial. O encontro será mediado por Allan da Rosa, escritor e angoleiro que publica ficção, ensaios e poesia. Atua também como dramaturgo e compôs peças com companhias teatrais de vários estados do Brasil. É historiador, mestre e doutor em Cultura e Educação pela USP e sua pesquisa gira em torno dos temas: imaginário, cotidiano, ancestralidade e artes negras. Serviço: 29/06, quarta-feira, das 18h30 às 20h30. Local: biblioteca (4º andar). Classificação: 16 anos. Gratuito.
Raça, classe e gênero: intersecções estruturantes na pauta antimanicomial — com Rachel Gouveia, Jaqueline Gomes de Jesus e mediação por Patricia Rocha — No Brasil, pessoas negras e indígenas, trabalhadoras e trabalhadores precarizados, mulheres e LGBTQIA+ são impactados de modos particulares pelas políticas de saúde mental de caráter segregacionista. A partir da perspectiva interseccional, as convidadas debaterão os modos como a luta antimanicomial repercute nas populações estruturalmente atravessadas por opressões de classe, raça, gênero e orientação sexual, reconhecendo a interconexão histórica entre essas dimensões. O bate-papo contará com interpretação em Libras e será composto por Rachel Gouveia, pós-doutoranda em Direito pela PUC-RJ, professora da Escola de Serviço Social da UFRJ e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Política Social da UFF. Também coordena dos seguintes projetos: Projeto de Pesquisa e Extensão Luta Antimanicomial e Feminismos e do Projeto de Pesquisa e Extensão Encruzilhadas: diálogos antirracistas. Jaqueline Gomes de Jesus, professora de Psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro e do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Fundação Oswaldo Cruz. Além disso, é docente do Programa de Pós-graduação em Ensino de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva. É Doutora em Psicologia Social do Trabalho e das Organizações pela UnB, com pós-doutorado pela Escola Superior de Ciências Sociais e História da FGV. Já a mediação fica por conta de Patrícia Rocha, Terapeuta Ocupacional, atual vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região (CREFITO-3) e apoiadora institucional da Rede de Atenção Psicossocial do território da Casa Verde-Cachoeirinha-Limão. Serviço: 08/06, quarta-feira, das 19h às 21h. Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar). Classificação: livre. Gratuito e com entrega de ingressos no local com 30 minutos de antecedência.
Loucart & Modernismos: a quem serve a arte dos pacientes-artistas do Juquery?— com o coletivo Ebó de palavras — O curso busca estabelecer um diálogo em torno de três temas que se relacionam: o manicômio do Juquery, criado em 1898 no município de Franco da Rocha; as sofisticadas produções artísticas de pacientes dessa instituição; e, por fim, a sua influência nas obras de alguns artistas do Movimento Modernista de São Paulo nas primeiras décadas do século XX. A atividade é composta por uma aula teórica e uma visita mediada à exposição "Raio-que-o-Parta: Ficções do Moderno no Brasil" no Sesc 24 de Maio, no sábado. No domingo, o curso continua em Franco da Rocha, onde o público fará uma caminhada nas imediações da extinta Colônia Psiquiátrica, além de uma visita mediada à exposição "Há luz atrás dos Muros" do Museu de Arte Osório Cesar (MAOC). Pessoas menores de 18 anos devem estar acompanhadas por responsáveis - que também devem estar inscritas na atividade. Inscrições a partir de 02/06, às 19h, na Central de Atendimento do Sesc 24 de Maio e 03/06, às 19h, também em inscricoes.sescsp.org.br. O Ebó de palavras é um coletivo de mediação educativa composto por André Santos-Bispo e Luciane Tobias, que desenvolve proposições nutridas por saberes de matrizes africanas e afro-brasileiras. A intenção é difundir, bem como democratizar as epistemologias e memórias afro-brasileiras e indígenas ainda presentes nas margens do campo do saber tais como da língua, saúde, arquitetura, ecologia, história, ciência e, entre outros. Serviço: 18 e 19/06, sábado, das 10h às 17h e domingo, das 09h às 16h. Local: sala 1 de Oficinas (6º andar). Classificação: 16 anos. Gratuito e com inscrições a partir de 02/06, às 10h na Central de Atendimento.
Aula-exibição: Holocausto Brasileiro — com Daniela Arbex e mediação por André Santos-Bispo — Em 2013 foi lançado "Holocausto brasileiro", livro da jornalista Daniela Arbex que se tornou não somente ementa básica para cursos como de Psicologia e Psicanálise no Brasil, mas um marco de denúncia dos horrores no que aconteceu por quase um século no Hospital Colônia de Barbacena, manicômio no interior de Minas Gerais. O documentário homônimo e com direção de Armando Mendz e de Daniela Arbex (2016), assim como o livro, é hábil por tratar das violências produzidas na instituição e do seu processo contínuo de invisibilização. Ambas as narrativas, do livro e do filme, vão sendo construídas a partir de depoimentos de antigas pacientes, funcionários e moradores locais. Neste bate-papo, a conversa sobre o desenvolvimento e conteúdo do livro será intercalada com a exibição de alguns trechos do filme. A atividade conta com interpretação em Libras. Daniela Arbex é autora do best-seller Holocausto brasileiro, reconhecido como Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor Livro-Reportagem no prêmio Jabuti (2014). Em 2015, lançou Cova 312, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Livro-Reportagem (2016). Daniela foi eleita a melhor repórter investigativa do Brasil em 2020 pelo Troféu Mulher Imprensa e tem ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais no currículo, entre eles três prêmios Esso. Foi repórter especial do Jornal Tribuna de Minas por 23 anos e atualmente dedica-se à literatura. André Santos-Bispo é educador-artista graduado em Filosofia (2010) com extensões universitárias em Museologia e Patrimônio. Entre outros trabalhos, foi um dos responsáveis pela criação do Plano Educativo do Museu de Arte Osório Cesar - MAOC, localizado no Complexo Hospitalar Juquery, Franco da Rocha. Integra o coletivo ebó de palavras. Serviço: 21/06, terça-feira, das 19h às 21h. Local: teatro (subsolo). Classificação: 16 anos. Gratuito e com retirada de ingressos com meia hora de antecedência.
O Falatório de Stella do Patrocínio – com Cleide Queiroz e Sara Ramos — Stella do Patrocínio (1941-1992) nos contribui com o legado cultural e intelectual de seu Falatório, registrado na década de 80 dentro dos muros da Colônia Juliano Moreira, instituição manicomial que a aprisionou por mais de 30 anos. O Falatório de Stella requer uma escuta atenta à palavra falada, e reverbera de forma atemporal por uma imensidão de temas caros às vidas negras, suas memórias e relações com as instituições de poder. O bate-papo propõe-se a refletir as justaposições entre arte, cultura e intectualidade que emanam do Falatório, e é marcado por um contexto de celebração e resgate das suas falas registradas em áudio, publicadas pela primeira vez para acesso público este ano. A conversa contará com interpretação em Libras. Cleide Queiroz é atriz, cantora e professora de expressão vocal. Iniciou sua carreira em meados dos anos 50, atuando em teatro amador em Santos, sua cidade natal. Estreou profissionalmente na Cia. Paulo Autran, em 1969, com "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, sob a direção de Silnei Siqueira. Desde então atuou em dezenas de peças adultas e infantis, assim como em shows musicais. Sara Ramos é mulher negra, sapatão, nortista, batuqueira e mestra em Literatura Comparada. Tem muito respeito pelas palavras, sejam escritas, faladas ou corporificadas, por isso as persegue. Serviço: 25/06, sábado das 17h às 19h. Local: Espaço de Tecnologias de Artes (4º andar). Classificação: livre. Gratuito e com retirada de ingressos com meia hora de antecedência.
RAIO-QUE-O-PARTA: FICÇÕES DO MODERNO NO BRASIL — Atividades educativas que se relacionam ao tema principal da exposição Raio-que-o-parta: Ficções do Moderno no Brasil, sendo oferecidas ao público de forma gratuita e acessível.
O percurso como fenômeno: atravessamentos e afetos na exposição "Raio que o parta" — comMaría Eugenia Salcedo Repolês e Bia Tadema — Partindo da fenomenologia Goetheana, nos propomos ao devaneio como forma de navegar a exposição "Raio que o parta: Ficções do Modernismo no Brasil" e nesse gesto revelar quais são as perguntas e afetos que encontram espaço para surgir. Na oficina será criado as condições para que a conversa se desenvolva a partir da observação profunda das qualidades daquilo que nos chama atenção em uma exposição - não nos limitando, inclusive, a observar apenas às obras de arte expostas. Com referências que extrapolam o fazer-arte, nos propomos a ir ao encontro de questões como: quais percursos são desenhados nesta abordagem do devaneio? E até onde nos leva a observação do fenômeno? O que acontece quando duas pessoas visitam uma exposição juntas? María Eugenia Salcedo Repolês é mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Artes/UEMG, pós-graduada em Arte e Contemporaneidade e Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Atua nas áreas de educação não-formal com enfoque em mediações em espaços culturais, intervenções com comunidade, protagonismo jovem e redes educativas online. Trabalhou no Instituto Inhotim por mais de 15 anos, onde desenvolveu projetos e pesquisas ligadas à mediação, educação e arte, estando à frente da Gerência de Educação Transversal do Instituto e como Diretora Artística. Atualmente é consultora e curadora de programação, colaborando também com a elaboração de material didático para museus e centros culturais. Bia Tadema é mestre em Economia para Transição pelo Schumacher College (Inglaterra), trabalhou como facilitadora junto aos mestrados de Ciências Holísticas e Economia para Transição; e está hoje à frente dos movimentos da Escola Schumacher Brasil. Atua como professora, facilitadora e consultora, levando a educação e o ethos Schumacher também a organizações de diferentes formatos e contextos. Atividade voltada para profissionais que atuam nos campos da educação, saúde e assistência social, estudantes e pesquisadores de arte e cultura.Serviço: 11/06, sábado, das 10h às 12h. Local: exposição (5º andar). Classificação: a partir de 16 anos. Gratuito e com inscrições meia hora antes no local da atividade.
Mosaicos em papel do Raio-que-o-parta — com Jhow Carvalho — Com inspiração nas casas "Raio que o parta" em que as pessoas se utilizavam de azulejos quebrados para a decoração das fachadas de suas residências, na cidade de Belém - PA, a atividade se propõe a realizar uma oficina de mosaico com técnica de colagem em papel. Jhow Carvalho é educador da exposição, artista do teatro, da dança e escritor. Fundador da Combate Coletivo de Artes Pretas, graduado em licenciatura em arte-teatro pela UNESP e técnico em Dança pela ETEC de Artes. Como arte educador colaborou em diversas exposições e instituições como: Gold Mina de Ouro Serra Pelada; Contemporâneo, sempre; File; Fundação Bienal; entre outras.Serviço: 12/06 e 25/06, domingo e sábado, das 11h30 às 13h30. Local: exposição (5º andar). Classificação: livre. Gratuito.
OFICINAS
Cidadania
Descolonizar a Linguagem: transfigurações micropolíticas de nomeações identitárias — com Jialu Pombo —Como movimentar a vida e criar linguagem a partir do que somos e desejamos ser, para além de marcadores identitários binários que geram menos-valia e reforçam oposições? Em quatro encontros, a oficina se propõe à pesquisa sobre a noção de integralidade, que é forte aliada na descolonização da linguagem e, por fim, ao compartilhamento de manifestações artísticas a fim de se experimentar as próprias criações. Jialu pombo é doutorando em Psicologia Clínica PUC SP, pesquisa processos clínicos e criação de linguagens como caminhos para descolonizar a vida da estrutura binária. Possui graduação e mestrado em Artes Visuais pela UFRJ. Como alguém neuro divergente e dissidente de gênero, participa e realiza atividades que cruzam essas temáticas e a arte. Serviço: de 28/06 a 07/07, terças e quintas-feiras, das 18h30 às 20h30. Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar). Classificação: a partir de 18 anos. Gratuito e com inscrições a partir de 02/06, às 10h na Central de Atendimento.
Tecnologias e Artes
Narrativas visuais - livro costurado em Gum Print — com Bruna Kim e Kamila Vasques — Por meio da técnica do Gum Print os participantes realizam impressões na prensa calcográfica com suas fotografias através de fotocópias impressas a laser. Com essas impressões, trabalhando as narrativas visuais próprias, cada participante confeccionará seu próprio livro costurado ao final do processo. Bruna Kim é designer de móveis, designer gráfico e 3D e gravurista. Trabalhou como assistente de gravura no Atelier HF, e participou de mostras em São Paulo e Nova Iorque com produções em gravura. Kamila Vasques tem Bacharelado em Artes Visuais e Licenciatura Plena em Artes pelo Centro Universitário Belas Artes de Paulo. Atua como artista visual e educadora. Pesquisa a tipografia e desenvolve projetos nas técnicas gráficas tradicionais e experimentais. Serviço: de 14/06 a 05/07, terças-feiras, das 14h às 17h. Local: sala 1 de oficinas (6º andar). Classificação: 16 anos. Gratuito e com inscrições a partir de 02/06, às 10h na Central de Atendimento.
Letramento Digital - Tablets e Celulares — com Luiz Ricas, educador de Tecnologias e Artes — Nossa sociedade rapidamente se informatizou nos últimos anos, tornando o conhecimento de comunicação virtual através de dispositivos computacionais a base das nossas relações sociais. Com o advento do tablete (tablet) e do telefone inteligente (smartphone) ficamos conectados em tempo real o tempo todo em todos os lugares. As relações em redes sociais, o acesso a serviços públicos e diversas interações humanas ocorrem no mundo da internet e de aplicativos desses dispositivos tornando esse conhecimento imprescindível para a convivência e para a atuação em sociedade. Neste curso, será dada a noção básica do uso desses aparelhos desde o inicial (sistema operacional) até usos de redes sociais, câmera, serviços e jogos e, tem como público-alvo, as pessoas que ainda têm dificuldades em usar esses aparelhos e por consequência dificuldades em se relacionar nessa nova sociedade que surge. Luiz Ricas é artista e educador. Músico de origem, é formado em educação musical, pós-graduado em Cinema e Linguagem Cinematográfica e atua como educador de Tecnologias e Artes no Sesc 24 de Maio.Serviço: de 08/06 a 06/07, quartas-feiras, das 10h às 12h. Local: sala 3 de oficinas (6º andar). Classificação: 16 anos. Gratuito e com inscrições a partir de 02/06, às 10h na Central de Atendimento.
Introdução à Xilogravura — com Tatiane Colevati, educadora de Tecnologias e Artes — Esta série de aulas abertas introdutórias à xilogravura propõe a experimentação das ferramentas e técnicas básicas de criação de matrizes artísticas para impressão. Os encontros são independentes, não havendo a necessidade de frequentar as duas sessões. Tatiane Colevati é artista plástica, mestra em Artes Visuais e especialista em História da Arte. Paralelo à sua atuação como educadora de Tecnologias e Artes do Sesc 24 de Maio, desenvolve trabalho criativo com ilustração e tatuagens. Serviço: 11/06 e 25/06, sábados, das 14h às 17h. Local: sala 1 de oficinas (6º andar). Classificação: 14 anos. Gratuito e com retirada de senhas com meia hora de antecedência.
Autorretrato impresso a laser — com Luiz Ricas, educador de Tecnologias e Artes — Nesta atividade os participantes poderão aprender noções básicas de fotografia e autorretrato e por fim, farão pequenos quadros destas fotos impressas a laser em placas de MDF. Serviço: 04/06 e 18/06, sábados, das 10h30 às 15h30. Local: sala 3 de oficinas (6º andar). Classificação: 16 anos. Gratuito e com retirada de senhas com meia hora de antecedência.
Marcenaria Tradicional Shaker – Armarinho — com Thiago Endrigo — A United Society of Believers in Christ's Second Appearing, ou como eram chamados pelo mundo, os "Shakers", são uma comunidade religiosa originada na Inglaterra do século XVIII e radicada nos EUA que ficou conhecida não só por suas práticas e crenças, mas também pelos artefatos que produziram. Viviam de modo igualitário, para "rezar e trabalhar", tendo deixado um legado impressionante de edificações, móveis, utensílios, têxteis e inovações. Seu cuidado com as proporções e simplicidade de forma, carente de ornamentos supérfluos, influenciou amplamente boa parte do mobiliário produzido no século XX. Neste curso, vamos examinar alguns desses artefatos, buscando evidenciar seu primor estético e a forma como estão entrelaçados com as concepções de mundo, vida e fé que carregam. Já neste módulo, o móvel a ser construído é um armarinho. Thiago Endrigo coordena o Saber com as Mãos, projeto cujo foco é a pesquisa, preservação e transmissão dos fazeres tradicionais ligados à madeira. Faz e restaura coisas em seu ateliê em São Paulo, onde também recebe adultos e crianças interessados em trabalhar com madeira.Serviço: de 23/06 a 07/07, quintas-feiras, das 10h às 13h. Local: sala 2 de oficinas (6º andar). Classificação: 16 anos. Gratuito e com inscrições a partir de 02/06, às 10h na Central de Atendimento.
WORKSHOP DE DANÇA
Prática Selvagem — com Carolina Callegaro e Renan Marcondes — Nesta prática serão compartilhados procedimentos experimentados no processo de criação de SELVAGEM, peça de dança interessada no que acontece aos nossos corpos quando prestamos atenção a pergunta de como cuidar. Sugerindo que nós nos inclinamos em direção a alguém ou a algo quando cuidamos, este trabalho explora a criação de uma coreografia na qual os corpos se mantêm fora do eixo vertical-horizontal. É uma aposta na inclinação como uma prática de dança, uma prática de cuidado e uma ética que é relacional per se. A Prática Selvagem será composta por duas propostas complementares entre si: Carolina Callegaro compartilhará uma prática corporal que convide as pessoas participantes a reorganizarem a relação entre seus corpos, o espaço e outras matérias que compõem esse mesmo espaço. Por meio de um outro agenciamento entre vetores de força no corpo, no espaço e a força da gravidade, essa prática propõe experimentar orientações inclinadas com e sem o apoio de outros corpos; Renan Marcondes trabalhará exercícios compositivos a partir de acervos de imagens, propondo formas diversas de selecionar, interpretar e incorporar cada uma delas em pequenos experimentos solos ou em grupo. Esta ação faz parte de um conjunto de atividades que compartilham a pesquisa de criação da peça SELVAGEM. Carolina Callegaro é artista da dança e educadora graduada pela Unicamp. Sua pesquisa aborda conceitos e práticas da dança e da performance art, por meio do diálogo entre fundamentos técnicos da dança de Contato Improvisação e estratégias de composição de imagem e coreografia próprias a estas duas linguagens. Renan Marcondes é artista e pesquisador no campo das performances e dos corpos. Doutor em Artes da Cena pela ECA USP com pesquisa sobre procedimentos de desaparecimento do corpo como alternativas poéticas ao neoliberalismo. Sua pesquisa artística transita entre as artes visuais e da cena para propor alternativas e recusas à hipervisibilidade que coordena nossos corpos, desejos e ações. Serviço: de 21/06 a 30/06, terças e quintas-feiras, das 10h às 12h. Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar). Classificação: 16 anos. Gratuito e com inscrições a partir de 02/06, às 10h na Central de Atendimento.
SEMANA DE PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS
Jogos digitais de movimento e equilíbrio para corpos 60+ — com Game e Arte — Desde os anos 80, vêm sendo desenvolvidos os chamados Exergames, jogos por sensores de movimento, que têm auxiliado pessoas de todas as idades na prática de exercícios físicos e experiências corpóreas através do meio digital. Nesta atividade, alguns Exergames são propostos e direcionados para o público 60+. Além de serem muito divertidos e lúdicos, buscam trabalhar aspectos muito importantes para a prevenção de quedas em corpos idosos, como equilíbrio, fortalecimento muscular e coordenação motora. Haverá controle de entrada e saída de público de acordo com a capacidade da sala, tendo em vista os cuidados sanitários com a pandemia. Game e Arte é uma empresa que desenvolve produtos e ações socioeducativas no segmento de jogos digitais. É formada por Jaderson de Souza e Tainá Felix.Serviço: 22/06, quarta-feira, das 10h às 12h e das 13h às 16h. Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar). Classificação: livre. Gratuito.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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