#CulturaEmCasa comemora 10 anos da Barca dos Corações Partidos
outubro 16, 2022
Festival, em celebração à companhia, apresenta espetáculos premiados que vão de homenagem a Jackson do Pandeiro ao Museu Nacional no Rio
A plataforma #CulturaEmCasa apresenta um festival inédito que traz a irreverência do grupo A Barca dos Corações Partidos por meio de cinco produções artísticas, realizadas em São Paulo ou Rio de Janeiro. A Barca comemora a primeira década este ano e é reconhecido como um dos grupos mais emblemáticos, e que vêm transformando as várias histórias do Brasil em musicais premiados por todo o país. A #CulturaEmCasa, gerida pela Amigos da Arte, é a primeira plataforma gratuita de streaming e vídeo por demanda do país.
O festival começa pela exibição do documentário “Ó o Auê Aí Ó”, um original da #CulturalEmCasa, feito especialmente para marcar a volta da companhia ao Teatro Sérgio Cardoso, um ano após a última apresentação da Barca, ainda durante a pandemia no final de 2021. A apresentação presencial no Teatro Sérgio Cardoso será realizada no sábado (15) às 18h e estará disponível pela #CulturaEmCasa a partir do dia 16 de outubro.
“Mais uma vez, o Teatro Sérgio Cardoso e a plataforma #CulturaEmCasa se unem para dar voz e vez a uma companhia que tem a cara do país, a ação vai possibilitar que gente do mundo inteiro saiba mais dos ícones e símbolos brasileiros por meio da Barca”, diz Danielle Nigromonte, diretora-geral da Amigos da Arte.
No dia 16, a plataforma segue com o festival e apresenta “Auê”. Premiado espetáculo da Barca dos Corações Partidos, “Auê” foi vencedor do Prêmio Shell de Teatro. No palco, oito atores/cantores promovem uma celebração muito especial da diversidade musical do país. A criação de “Auê” envolve 21 composições, é entrecortada por poesias, e explora as dores e delícias de estar apaixonado. “Auê foi muito mais do que um espetáculo, foi o nascimento artístico da companhia, a descoberta de uma linguagem”, disse Eduardo Rios, integrante da Barca.
No final de outubro, a trupe celebra o legado de Jackson do Pandeiro com o espetáculo “Jacksons do Pandeiro” . O musical traz versões inéditas das músicas do multi-instrumentista paraíbano, um dos ícones do samba no país. A estreia da obra aconteceu online, durante a pandemia de Covid-19, e recebeu o prêmio Associação dos Produtores de Teatro, na categoria Espetáculo inédito ao vivo, além de ser indicado ao prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). A trilha sonora usou clássicos, como “Sebastiana”, “O Canto da Ema”, “Chiclete com Banana”, mas trouxe também músicas novas, que transformaram a obra de Jackson por meio de novos arranjos e letras.
Desancora, um show com músicas autorais da companhia, será transmistido pela plataforma nos dias 4, 5 e 6 de novembro, sempre a partir das 20h. O espetáculo foi lançado em fevereiro do ano passado e é o primeiro da companhia que se apresenta sem marcação ou direção teatral. A montagem traz uma companhia de teatro musical se assumindo como banda. “Desancora é um presente que a gente se deu, para mostrar nosso trabalho autoral, falando de amor, parceria e amizade’, resume Beto Lemos, que faz parte da Barca.
Para encerrar o festival, dia 12 de novembro, o acervo e a destruição por um incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro é contado e cantado no musical “Museu Nacional – as vozes do fogo”. Escrito e dirigido por Vinicius Calderoni e com direção musical de Alfredo Del-Penho e Beto Lemos, o musical estreia na mesma época em que o Museu Nacional dá os primeiros sinais de recuperação com a reinauguração da fachada e dos jardins.
“Todas as Vozes do Fogo é um estudo de como um país cultiva, armazena e conserva sua memória – e todas as suas implicações simbólicas e concretas. É um mergulho imaginativo e lírico em múltiplas camadas de passado para pensar de maneira urgente nosso presente imediato e o futuro que estamos construindo”, resume Andréa Alves, diretora de produção e idealizadora do espetáculo.
Ver programação completa ao final do texto.
Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança, peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde, para a gravação de especiais difundidos pela plataforma #CulturaEmCasa.
Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar com acessibilidade oito pessoas na sala Nydia Licia, 827 na sala Paschoal Magno 149 pessoas são comportadas no hall de entrada, onde também acontecem apresentações e aulas de dança.
Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão da plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa e do programa Juntos Pela Cultura, além do Teatro Sérgio Cardoso, Teatro Sérgio Cardoso Digital e Teatro de Araras, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar, estimular o desenvolvimento da economia criativa e democratizar a produção cultural por meio de editais, festivais e programas continuados. Em seus mais de 17 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 60 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.
Cia Barca dos Corações Partidos
A Barca dos Corações Partidos – nasceu em 2012, no espetáculo Gonzagão – A lenda. Ao longo desses anos, levou mais de 700 mil espectadores a teatros de todo o Brasil, praças públicas e ao palco digital. Ao lado da produtora artística e idealizadora Andréa Alves, apresenta aqui seu sétimo espetáculo, selando cada vez mais uma digital de originalidade na dramaturgia do texto e nas músicas. Em 2014, o espetáculo Gonzagão – A lenda foi o convidado especial da abertura do Festival Ibero-americano de Teatro de Bogotá́ (Colômbia). Composta por seis atores-bailarinos e multi-instrumentistas, a formação híbrida de seus integrantes dá o tom do grupo. Seus espetáculos são prestigiados por críticos como Mauro Ferreira e Zuza Homem de Mello e já contaram com a participação de criadores como João Falcão, Duda Maia, Luiz Carlos Vasconcellos, Bia Lessa, Chico César e Bráulio Tavares.
FICHA TÉCNICA
Criação: Barca dos Corações Partidos e Vinicius Calderoni
Texto e direção: Vinicius Calderoni
Com a Cia Barca dos Corações Partidos - Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, Eduardo Rios e Ricca Barros
E os artistas convidados: Adassa Martins, Aline Gonçalves, Ana Carbatti, Felipe Frazão, Lucas dos Prazeres, Luiza Loroza e Rosa Peixoto
Direção musical: Alfredo Del-Penho e Beto Lemos
Música original: Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, Lucas dos Prazeres, Ricca Barros e Vinicius Calderoni
Direção de produção e idealização: Andréa Alves
Direção de movimento e coreografia: Fabricio Licursi
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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