Filmes do Edital Conexão Juventudes estreiam gratuitamente em plataformas de streaming e em canais de TV paga
outubro 09, 2022
Iniciativa do Instituto Unibanco, documentários retratam a realidade e a diversidade de jovens estudantes em cinco estados do País durante a pandemia da Covid-19
Imagem de divulgação de Terremoto, um dos ganhadores do Conexão Juventudes
Os filmes vencedores do Edital Conexão Juventudes, promovido pelo Instituto Unibanco, acabam de ser lançados gratuitamente em plataformas de streaming e canais de TV. Os seis documentários retratam a rotina dos estudantes do Ensino Médio público em cinco estados durante o período de escolas fechadas na pandemia, passando por temas como educação indígena e afrocentrada, gravidez na adolescência, violência, estudantes imigrantes e dificuldades de conciliar trabalho e estudos.
Os filmes “Onde aprendo a falar com o vento" e "Terremoto", de Minas Gerais; "Contraturno", de Goiás; "DesConectados", do Piauí; "Antes do livro didático, o cocar", do Rio Grande do Norte; e "Adolescer", do Espírito Santo, podem ser assistidos na íntegra também pelas plataformas: Itaú Cultural Play, Porta Curtas, Curta! Educação e Box Brazil Play.
Os documentários também podem ser vistos na programação dos canais de TV paga. Desde 16 de setembro, o Cine Brasil exibe um novo filme a cada sexta-feira, às 22h30, e o canal Prime Box Brazil, disponível na maioria das operadoras de televisão por assinatura, faz estreias semanais a partir de 22 de setembro, sempre às quintas-feiras, às 21h, com reprises: sextas, 08h; domingos, 5h30; segundas, 11h; terças, 12h; e às quartas, 19h30. Em dezembro, será a vez de integrarem a programação do Canal Curta!, com exibições às sextas-feiras, sempre às 18h30 a partir do dia 9. Além disso, as reprises podem ser consultadas no site do canal. Por fim, vale dizer que em breve os filmes estarão na programação da TV Cultura e do Canal Futura.
Segundo Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco, a disseminação dos conteúdos em diversas plataformas integra uma estratégia de compartilhar a realidade vivida pelos estudantes dos cinco estados, e retratada pelos documentários, ao maior número possível de pessoas. “Esta é uma ótima oportunidade para que os documentários sensibilizem mais pessoas e gerem discussões sobre a pluralidade das juventudes e a educação no país. Quanto mais pessoas pensando sobre aprendizagem, defendendo a importância da educação, mais força teremos para pressionar pelas mudanças e pelos recursos tão necessários nesse período de pós-pandemia”.
Para os educadores das redes parceiras do Instituto Unibanco, foi enviada uma newsletter que, além de dar acesso para todos os filmes, apresenta uma seleção de materiais pedagógicos para propor e apoiar atividades formativas com temas relacionados aos documentários, como relações étnico-raciais, saúde mental, educação antirracista, quilombola e indígena, abandono e evasão escolar, ensino híbrido e remoto.
Vale destacar ainda que os filmes vencedores contaram com diretores que já mostraram seu talento em outras produções, como Rodrigo Senna, do Rio Grande do Norte, que dirigiu a série de TV “Encantarias” e o premiado curta “A tradicional Família Brasileira KATU”, e Gabriel Martins, de Minas Gerais, diretor do longa metragem “Marte Um”, premiado em Gramado e que pode vir a representar o Brasil no Oscar.
Sobre o edital
Com apoio técnico e financeiro no valor de R$130 mil por documentário, o Edital Conexão Juventudes, promovido pelo Instituto Unibanco em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais (IPR) e a Brasil Audiovisual Independente (Bravi), selecionou seis produtoras para a criação de documentários com 26 minutos de duração que retratassem a diversidade das juventudes brasileiras e os desafios de educá-las. A escolha dos projetos ficou a cargo de uma comissão julgadora composta pelos cineastas João Jardim, João Moreira Salles, Val Gomes e Tiago Borba; além de Mauro Garcia, presidente da Brasil Audiovisual Independente (Bravi); e Eliane Costa, coordenadora do MBA Bens Culturais: cultura, economia e gestão, da Fundação Getúlio Vargas.
Já durante a execução, as produtoras contaram com um processo de mentoria para temas variados. Todos os filmes foram criados e produzidos por equipes locais, com o olhar do território, formando um mosaico de linguagens audiovisuais e perspectivas. “Além de mostrar a realidade brasileira, respeitando a diversidade e todas as peculiaridades regionais, optamos por conteúdos que ofereçam um suporte que facilite a rotina docente”, resumiu Tiago Borba, gerente de Gestão Estratégica do Instituto Unibanco.
Sinopse: Adolescer é um documentário sobre a transformação vivida por jovens da periferia da Grande Vitória, originalmente predestinados ao fracasso, que estudavam em uma escola desacreditada pela comunidade. Vivendo em uma região pobre, em meio ao tráfico, e em uma área vista pela mídia local como a mais violenta do estado, estes jovens encararam o desafio de entrar na vida adulta e com apoios de familiares, amigos e da escola, buscar um futuro melhor.
Sinopse: Contraturno é um documentário que acompanha a vida de Vitor e Renata, dois adolescentes que estudam e trabalham na cidade de Urutai, interior de Goiás durante a retomada das aulas presenciais. Mas, para eles, há um desafio em especial: conciliar a rotina da adolescência, os estudos e o trabalho. O filme aborda alguns dos motivos de abandono e evasão, a crise que a pandemia projetou na educação, e a jornada dupla de adolescentes e como os marcadores raciais atravessam tudo isso.
Sinopse: desConectados narra os maiores desafios enfrentados pelos estudantes e educadores do Ensino Médio da única escola pública estadual de Tanque do Piauí - semiárido piauiense - durante a pandemia de Covid-19, onde o acesso à internet não é realidade para todos e se tornou essencial e indispensável para dar continuidade aos estudos. Uma história de luta pelo direito à educação e acesso digital, que revela a força das juventudes como ação transformadora de sua própria realidade.
Sinopse: Onde aprendo a falar com o vento conta a história de um grupo de jovens de Oliveira, Minas Gerais, que fundou o Reinadinho, um festejo do Reinado protagonizado só por crianças e jovens. Tendo a Capitã Pedrina como mentora, aprendem sobre sua história e a história de seus antepassados, vivenciando esta tradição afro-diaspórica como espaço de cura e aprendizagem. Convidados pelo filme, refletem sobre o papel da escola e do Reinado enquanto espaços de educação.
Tema: Estudar durante a pandemia é um desafio enfrentado por crianças e jovens em todo o planeta. Para populações desassistidas, que vivem nas periferias ou em condições de vulnerabilidade, as dificuldades são ainda maiores. Mas essa barreira não retirou a esperança, nem o desejo de aprender dos alunos das duas únicas escolas direcionadas aos povos originários no estado do Rio Grande do Norte.
Sinopse: Em 2010 o Haiti sofreu com um terremoto de grande magnitude que deixou mais de 300 mil mortos. Dentre as vítimas estava a família de Nicolson e Niky Augustin, dois jovens haitianos. Tentando se reerguer nos anos seguintes, a família dos garotos não viu saída a não ser se mudar para o Brasil, mais especificamente a periferia de Contagem, Minas Gerais. Ali, sem saber falar o idioma, eles tiveram que se adaptar a uma nova realidade e educar seus filhos.
O Instituto Unibanco é uma instituição sem fins lucrativos que atua pela melhoria da qualidade da educação pública no Ensino Médio, por meio da gestão. Seu objetivo é contribuir para a permanência dos estudantes na escola, a melhoria da aprendizagem e a redução das desigualdades educacionais. Sua atuação é baseada em evidências valorizando a diversidade e acelerando transformações por meio da gestão. Fundado em 1982, integra o grupo de instituições responsáveis pelo investimento social privado do grupo Itaú-Unibanco. www.institutounibanco.org.br.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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