No centenário da entrega do Parque Dom Pedro II, no período de 31/10 a 28/11, além do ciclo de debates que promove o lançamento da publicação, também haverá apresentações teatrais com a Trupe Sinhá Zózima
Com Danilo Santos de Miranda, José de Souza Martins, Oswaldo Faustino, Regina M. Prosperi Meyer, Lula Gouveia e Fernanda Barbara, além de outros profissionais envolvidos na publicação e convidados.
A publicação Sesc Parque Dom Pedro II: transições culturais da cenografia à arquitetura destaca a pesquisa, produção e avaliação de projetos culturais relacionados à Várzea do Carmo e ao Parque Dom Pedro II, com foco na unidade provisória que o Sesc manteve em funcionamento no local, entre 2015 e 2021, apontando para o início das obras arquitetônicas da unidade definitiva, a partir de temas e profissionais envolvidos no trabalho e convidados.
Programação:
31/10 – O ser se define pelo entorno: entre o sonho e a cultura
Conferência de abertura sobre a ação cultural e educativa do Sesc e sua importância no território.
Danilo Santos de Miranda, Diretor do Sesc São Paulo.
José de Souza Martins, Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e da Cátedra Simón Bolivar, da Universidade de Cambridge.
Mediação: Patrícia Piquera, Gerente do Sesc Carmo.
07/11 – Imagens da ocupação da Várzea do Carmo
Com base em representações visuais da região da Várzea do Carmo, como cartões postais, óleos sobre tela, fotografias, documentos textuais e entrevistas, a mesa abordará a construção de diferentes imagens, entre as décadas de 1890 e 1950, sobre essa área que foi transformada no Parque Dom Pedro II, bem como as memórias heterogêneas dos diversos agentes sociais envolvidos nesse espaço.
Vanessa Costa Ribeiro, Mestra em História Social pela USP, pesquisadora sobre fotografia e imaginário urbano na Várzea do Carmo, autora do livro Várzea do Carmo a parque Dom Pedro II – de atributo natural a artefato.
Amailton Magno Azevedo, Professor do Programa de Estudos Pós-Graduados do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP. É Pós-doutor pela Universidade do Texas em Austin-EUA (2011); Doutor (2006), Mestre (2000) e Graduado (1988) em História pela PUC-SP; autor dos livros Sambas, Quintais e Arranha-Céus: as micro-áfricas em São Paulo e Ritmos Negros: música, arte e cultura na Diáspora.
Oswaldo Faustino, Jornalista, Escritor e Pesquisador das relações étnico-raciais. Atuou como repórter em rádio, TV, revistas e vários jornais, como FSP e OESP, e como editor de Cultura do Diário Popular. É coautor (com Aroldo Macedo) dos livros A cor do sucesso (Gente, 2000), Luana, a menina que viu o Brasil neném (FTD, 2000), Luana e as sementes de Zumbi (FTD, 2007) e Luana, capoeira e liberdade (FTD, 2007). Lançou a biografia do escritor e compositor Nei Lopes (Selo Negro/Summus, 2009) e o romance histórico A Legião Negra (2011). É colaborador da revista Raça Brasil desde sua criação.
Mediação: Laudo Bonifácio Júnior, Gerente Adjunto do Sesc Campo Limpo.
14/11 - Dentro é Lugar Longe, com Zózima Trupe
A peça acontece em um ônibus em movimento e percorre o centro velho de São Paulo, passando pelo Sesc Carmo e Parque Dom Pedro II. Nesse trajeto, busca espaços da cidade que revelam as áreas internas do ser humano. Após o espetáculo, o grupo fará um bate-papo sobre seu trabalho de pesquisa teatral-poética.
A Zózima Trupe é um grupo de teatro fundado em 2007 na cidade de São Paulo. Os artistas propuseram como ponto fundante dos seus movimentos de pesquisa teatral desbravar as possibilidades do ônibus como dispositivo e espaço cênico; assim provendo acesso às artes cênicas aos cidadãos que utilizam o transporte coletivo: os passageiros-trabalhadores. Além dos espetáculos, a Trupe também desenvolveu outros projetos e ações dentro do Terminal Parque Dom Pedro II, dando continuidade à pesquisa do ônibus como lugar de afeto, não só de trânsito, mas também de pousos.
21/11 –Projetos urbanísticos para o Parque Dom Pedro II
Obras viárias retiraram do Parque Dom Pedro II atributos urbanos, paisagísticos e de espaço público qualificado. A mesa discutirá o Plano Urbanístico do Parque Dom Pedro II, que procurou reordenar seus aspectos estruturais, programáticos e sociais, a fim de garantir suas funções de conexões metropolitanas e seu caráter urbano e simbólico, tendo um olhar atento à população que mora, usa e trabalha na região.
Regina M. Prosperi Meyer, Doutora em Arquitetura e Urbanismo, Professora Titular da FAUUSP, criou e coordenou o Laboratório de Urbanismo Metropolitano – LUME (1999/2010) na FAUUSP, autora dos livros São Paulo Metrópole (Imprensa Oficial, 2004) e A leste do Centro (Imprensa Oficial e EDUSP, 2006).
Marcelo Ferraz, Arquiteto pela FAUUSP, colaborador de Lina Bo Bardi de 1977 a 1992, ex-diretor do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi (1992 a 2001) e do programa Monumenta – Ministério da Cultura para recuperação das cidades históricas (2003 e 2004), Professor da Escola da Cidade, em São Paulo.
Tiaraju Pablo D’Andrea, Professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Zona Leste/Instituto das Cidades; Coordenador do CEP (Centro de Estudos Periféricos); Pesquisador convidado da Université Paris VIII, França (2017-2018). Pós-Doutor em Filosofia (2014-2018), Doutor em Sociologia da Cultura (2013), Mestre em Sociologia Urbana (2008) e Graduado em Ciências Sociais (2005), pela USP.
Mediação: Simone Engbruch Avancini Silva, Gerente do Sesc Santos
28/11 - Projetos do Sesc Parque Dom Pedro II
Apresentações da arquitetura efêmera da unidade provisória, cuja programação cultural e educativa se desenvolveu de 2015 a 2021, e do projeto arquitetônico da unidade definitiva, no centro histórico da cidade de São Paulo, além de reflexões sobre as dinâmicas sociais no território.
FernandaBarbara e Fábio Valentim, Mestres em Arquitetura e Urbanismo pela FAU USP, sócios do UNA Barbara e Valentim, coordenadores do projeto da unidade definitiva.
Lula Gouveia, Guilherme Ortemblad e Helena Camargo, arquitetos do Coletivo Leve - Superlimão Studio, Zoom Urbanismo Arquitetura e Design e H2C Arquitetura, autores do projeto cenográfico inicial da unidade provisória.
Luciano Ranieri, Engenheiro Civil com MBA em Administração e Gerenciamento de Projetos, Consultor Técnico na Assessoria Técnica de Planejamento do Sesc SP, responsável pelo projeto do Sesc Parque Dom Pedro II
Mediação: Dóris Sathler de Souza Larizzatti, Gerente Adjunta do Sesc Carmo
SERVIÇO:
Sesc Carmo
Sesc Parque Dom Pedro II: transições culturais da cenografia à arquitetura.
Donos de uma trajetória irretocável na música sertaneja, Matogrosso e Mathias desembarcam no final do mês de outubro nos Estados Unidos para mais uma turnê internacional. Na agenda disputada dos cantores, sete estados serão visitados com shows confirmados em Newark (27/10), Danbury (28/10), Framingham (29/10), Pompano Beach (30/10), Charleston (04/11), Philadelphia (05/11) e Olathe (06/11).
“Mais uma vez somos convidados a levar as nossas músicas para fora do Brasil e isso só mostra que estamos no rumo certo há 47 anos, cantando o amor e o sertanejo de verdade”, comenta Matogrosso.
Recentemente, Matogrosso e Mathias lançaram a primeira faixa do projeto Zona Rural 2, que traz o dueto inédito com o cantor Luan Santana. Com uma interpretação impactante, “Troféu de Infidelidade” revela a união de gerações diferentes da música sertaneja em um feat. de perder o fôlego. ASSISTAhttps://youtu.be/DSZXxOV4sEs
Faixa e clipe, que chegaram ao mercado no dia 23 de setembro deram início ao processo de lançamento do registro que ainda conta com as participações de Jorge e Mateus, Fernando e Sorocaba e Tierry.
“O álbum mais afetivo da carreira”, segundo o cantor Matogrosso, traz 17 faixas divididas entre inéditas, releituras de grandes clássicos do gênero e as autorais, que se transformaram em sucesso nas vozes inconfundíveis da dupla.
“ ‘Troféu de Infidelidade’ traz um outro lado da história que não é comum de ser contado. Acredito que, no fundo, ninguém se sinta feliz na infidelidade. A faixa também pedia uma entrega diferenciada e o Luan caiu como uma luva. É um artista jovem, mas que grande artista”, disse Matogrosso.
Emocionado, Luan Santana lembrou que “dividir palco e vozes com ídolos é escrever mais um capítulo da vida com quem tem história na nossa história da música. 'Troféu de Infidelidade' fala de amor de um jeito bem profundo, tratando do arrependimento de uma traição”.
“Essa é apenas a primeira de muitas modas que virão. É um tiro atrás do outro neste álbum que é, sem dúvidas, o melhor de nossas carreiras”, encerra Mathias.
Ecad faz estudo especial em homenagem ao artista, que anunciou despedida dos palcos este ano
Milton Nascimento é reconhecido mundialmente como uma das mais importantes referências da música popular brasileira. Com uma voz única, composições marcantes e seis décadas de carreira, o cantor e compositor anunciou sua despedida dos palcos para este ano, em que completa 80 anos de idade. Nesta quarta-feira, dia 26, o artista comemora seu aniversário e o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) divulga um estudo especial em sua homenagem.
O levantamento apontou que “Maria Maria”, uma parceria com Fernando Brant, foi a música de Milton mais regravada até hoje, com 144 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad, e a sua canção mais tocada no Brasil, nos últimos 10 anos, nos principais segmentos de execução pública. Lançada em 1978, no álbum “Clube da Esquina 2”, a canção é um dos clássicos da carreira do artista.
Milton Nascimento nasceu no Rio de Janeiro, em 1942, e sempre declarou o seu carinho por Minas Gerais, onde cresceu. Na infância, ganhou o apelido de “Bituca” dos amigos, e a música faz parte da sua vida desde a adolescência. Ao longo da carreira, recebeu prêmios, como Grammy Awards, e foi homenageado com o título de Doutor Honoris Causa em música pela Universidade de Berklee, de Boston.
O artista tem 401 obras musicais e 1.191 gravações cadastradas no banco de dados da gestão coletiva da música no Brasil. Nos últimos 10 anos, ele teve mais de 90% de seus rendimentos em direitos autorais de execução pública provenientes dos segmentos de TVs, Shows e Rádio.
Ranking das músicas mais regravadas de autoria de Milton Nascimento
1 - Maria Maria - Fernando Brant / Milton Nascimento
2 - Travessia - Fernando Brant / Milton Nascimento
3 - Cais - Ronaldo Bastos / Milton Nascimento
4 – O cio da terra - Chico Buarque / Milton Nascimento
5 - Canção da América - Fernando Brant / Milton Nascimento
6 - Fé cega, faca amolada - Ronaldo Bastos / Milton Nascimento
7 - Nada será como antes - Ronaldo Bastos / Milton Nascimento
8 - Cravo e canela - Ronaldo Bastos / Milton Nascimento
9 - Ponta de areia - Fernando Brant / Milton Nascimento
10 - Clube da esquina n. 2 - Marcio Borges / Lo Borges / Milton Nascimento
11 - Encontros e despedidas - Fernando Brant / Milton Nascimento
12 - Bola de meia, bola de gude - Fernando Brant / Milton Nascimento
13 - Paula e Bebeto - Caetano Veloso / Milton Nascimento
14 - Vera cruz - Milton Nascimento / Marcio Borges
15 - San Vicente - Fernando Brant / Milton Nascimento
Coração de estudante - Wagner Tiso / Milton Nascimento
16 - Nos bailes da vida - Fernando Brant / Milton Nascimento
17 - Morro velho - Milton Nascimento
18 – Raça - Fernando Brant / Milton Nascimento
19 - Canções e momentos - Fernando Brant / Milton Nascimento
20 – Anima - Zé Renato / Milton Nascimento
Cuitelinho - Paulo Vanzolini / Antonio Xando / Wagner Tiso / Milton Nascimento
Ranking das músicas mais tocadas de autoria de Milton Nascimento no Brasil nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública (Rádio, Sonorização Ambiental, Casas de Festa e Diversão, Carnaval, Festa Junina, Show e Música ao Vivo)
1 - Maria Maria - Fernando Brant / Milton Nascimento
2 - Clube da esquina N. 2 - Marcio Borges / Lo Borges / Milton Nascimento
3 - Encontros e despedidas - Fernando Brant / Milton Nascimento
4 - Canção da América - Fernando Brant / Milton Nascimento
5 - Travessia - Fernando Brant / Milton Nascimento
6 - Nos bailes da vida - Fernando Brant / Milton Nascimento
7 - Bola de meia, bola de gude - Fernando Brant / Milton Nascimento
8 - Nada será como antes - Ronaldo Bastos / Milton Nascimento
15ª edição do FITBH, que acontece de 5 a 11 de novembro, recebe mais de 30 espetáculos de todo o Brasil e destaca a produção artística local, homenageando o Teatro e o Teatro de Rua de Belo Horizonte, patrimônios imateriais da cidade, com programação
múltipla e diversa que ocupa a cidade
Com temática que celebra nossas raízes e nossa latinidade, o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte – FIT BH retoma suas atividades na capital mineira após um hiato causado pela pandemia. A identidade visual do FIT BH 2022 está simbolizada pela raiz de uma árvore ou as veias do sangue que corre em nosso corpo, assim como por um caminho longo, tortuoso e cheio de vida que foi trilhado até a entrega final do evento para o público.
Realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com o Instituto Odeon e produção da Rubim Produções, essa 15ª edição marca o comemorado reencontro entre o público, grupos e artistas com o Festival e um tributo ao Teatro da cidade, reconhecido como patrimônio cultural imaterial de Belo Horizonte. Em 2004 foi promulgada, em Belo Horizonte, a lei municipal n°9000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial, quando o município confere reconhecimento e legitimidade aos bens de natureza imaterial e promove a sua salvaguarda. Em outubro de 2014, o Conselho do Patrimônio Cultural de BH deliberou pelo registro, no Livro de Registro das Formas de Expressão, do Teatro de Palco, do Teatro de Rua e do Teatro de Bonecos de BH, por se tratar de manifestações culturais de relevante valor histórico, social e cultural para a cidade.
Nesse contexto, o FITBH 2022 envolverá a cidade em diversas atrações com grupos e coletivos de teatro local, nacional e internacional, com a valorização da participação de artistas de BH, entre os dias 5 e 11 de novembro, com uma programação múltipla e diversa, ocupando teatros, ruas e espaços alternativos da capital. As atrações serão oferecidas a preços populares ou com entradas gratuitas.
O FIT BH 2022 receberá mais de 30 montagens teatrais, de grupos e artistas de Belo Horizonte e Região Metropolitana e de diferentes estados brasileiros. Em destaque, ainda, espetáculos internacionais inéditos em Minas Gerais. Além disso, o Festival apresenta pela primeira vez montagens em transmissão on-line - em paralelo à programação presencial - ampliando o acesso do público e rompendo barreiras geográficas. Além das mostras com recorte da cena contemporânea e da Mostra Cena em Tela, serão oferecidas atividades de formação, de pesquisa e criação (Territórios dos Saberes e Ocupação João das Neves), exposição e rodadas de negócios e networking.
Para a Secretária Municipal de Cultura, Eliane Parreiras, a realização do FIT BH é uma celebração, pela Prefeitura de Belo Horizonte, da diversidade e pluralidade do teatro e a importância do movimento teatral que escreve a história da cidade. “Estamos muito felizes em oferecer ao público mais uma edição do FIT BH, com uma programação plural e descentralizada e oportunidades de formação e reflexão. Mas, mais que isso, é o reconhecimento da importância do fazer teatral para a democratização da cultura, para a formação de público, para ocupação dos espaços públicos e para a criação de vínculos com a cidade”, comemora.
A Presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciana Féres, destaca a importância da valorização do Teatro e do Teatro de Rua de Belo Horizonte na programação do FIT BH. “O fato de o Teatro ser reconhecido como patrimônio cultural de nossa cidade demonstra sua importância e significado para a sociedade. É realmente uma alegria e uma grande conquista essa 15ª edição do FIT BH destacar o Teatro e o Teatro de Rua de Belo Horizonte por meio das homenagens e participação dos artistas da cidade. Trata-se da valorização da produção artística local das artes cênicas, atividades que projetaram a cidade nacional e internacionalmente. A retomada da cidade pela Cultura merece celebração e o FIT BH é uma grande oportunidade para marcar este momento. O Festival reflete o caráter multicultural de nossa cidade e reafirma o compromisso de potencializar a cena artística contemporânea em Belo Horizonte”, destaca.
CURADORIA
A curadoria do 15º FIT BH ficou a cargo de três profissionais com trajetórias bastante consolidadas em suas áreas de atuação: a atriz, curadora e diretora artística Andreia Duarte; o professor e pesquisador Marcos Alexandre; e a atriz, diretora e professora Yara de Novaes. A proposta da curadoria é trazer reflexões sobre as faces diversas e plurais dos “Brasis” e “Américas Latinas”. “Esta edição pretende refletir sobre a memória como um saber que posiciona a identidade e a luta, fortalecendo os movimentos negros, indígenas, femininos, transgêneros em uma discussão estética política”, destaca a curadoria.
Diversidade e descentralização
A 15ª edição do FIT BH traz a diversidade e a descentralização das produções teatrais como pontos fortes e de destaque da programação. Assim, ao lado de produções locais, espetáculos de estados como o Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, São Paulo e Paraíba, além de produções da Argentina, do Chile edoMéxico.
A descentralização proposta pelo Festival também se dará nos locais de apresentação. O FIT BH 2022 ocupará espaços - entre teatros, ruas e locais alternativos - em diferentes regionais da capital mineira. Serão apresentados espetáculos, por exemplo, nos Grandes Teatros do Sesc Palladium e Palácio das Artes (Centro), no Viaduto Santa Tereza (Centro), no Teatro Raul Belém Machado (Alípio de Melo), nos Centros Culturais de Venda Nova e Padre Eustáquio, no Kilombo Manzo e na Praça do Cardoso, ambos no Aglomerado da Serra, além de espaços de Grupos como Pierrot Lunar, ZAP 18 e Galpão Cine Horto, entre outros.
Cortejo de Abertura
O tão aguardado retorno das atividades do FIT BH merece uma celebração à altura. Por isso, a abertura do Festival será marcada por um grande cortejo, que contará com a presença dos homenageados Conceição Evaristo e Ailton Krenak.
O desfile, gratuito e festivo, sairá da Praça Sete com destino ao baixio do Viaduto Santa Tereza, sob o comando dos multiartistas Maurício Tizumba e Marcelo Veronez. Integrarão o espetáculo de abertura tradicionais Blocos de Carnaval da cidade, além do Grupo Tambor Mineiro e das Guardas de Nossa Senhora do Rosário e da Irmandade Estrela do Oriente, reunindo em torno de 900 pessoas.
Homenagens
Em sua 15ª edição, o FIT BH reverencia tanto importantes nomes da cultura brasileira de repercussão internacional, quanto ícones da cena teatral da capital mineira. São eles: a escritora Conceição Evaristo, o escritor e líder indígena Ailton Krenak, o diretor e dramaturgo João das Neves, o cenógrafo e figurinista Raul Belém Machado e o fotógrafo Guto Muniz.
Conceição e Ailton, participam de uma Conversação com o público, no Teatro Francisco Nunes, mediada pela pesquisadora Elaisa de Sousa e pela escritora Júlia Onça, com intervenção artística do ator e diretor Lucas Costa. A proposta é apresentar um diálogo transversal com os homenageados, acerca de temas como terras, humanidades, enfrentamento das opressões e a vivência e permanência da ancestralidade em suas produções. Após esse evento, os dois homenageados participam também do Cortejo de abertura do FIT BH.
João das Neves ganhará uma Ocupação e Residência Artística e Conversação na Funarte-MG. Já Raul Belém Machado ganhará uma Imersão Criativa no Centro de Referência das Juventudes Negras, sob a coordenação das encenadoras convidadas Marina Arthuzzi e Lira Ribas. A atividade contará também com acervo histórico de figurinos de Raul. Por fim, o fotógrafo Guto Muniz terá uma exposição itinerante com cenografia criada para área interna de um ônibus - dedicada aos seus 35 anos de trabalho com a fotografia de espetáculos, homenageando grupos teatrais da cidade.
Pensar o Brasil em sua diversidade
Com mais de 30 espetáculos em sua programação, o Festival apresentará ao público belorizontino um recorte singular da produção teatral brasileira contemporânea. Em destaque, os grupos Barca dos Corações Partidos (RJ) e Cia. Mungunzá de Teatro (SP), a atriz, diretora e dramaturga Renata de Carvalho (SP) e o ator Fábio Osório (BA), que trazem para Belo Horizonte suas mais recentes produções.
Tendo como ponto de partida o trágico incêndio do Museu Nacional (2018), a prestigiada Cia Brasileira de Movimento e Som - Barca dos Corações Partidos celebra uma década de existência com o espetáculo “Museu Nacional”, onde contam e cantam o inventário de um museu – que poderia ser a metáfora de um país – em escombros. “AnonimATO” é o primeiro espetáculo de rua da tradicional Cia. Mungunzá de Teatro. Numa espécie de cortejo que percorrerá 100 metros em linha reta, a montagem coloca em cena oito personagens para falar de pessoas anônimas que constituem a alma de uma cidade. Renata Carvalho apresenta “Manifesto Transpofágico”, um monólogo onde reflete sobre a construção social que permeia o imaginário sobre pessoas trans e travestis. Já Fábio Osório traz a performance “Bola de Fogo”, em que, transformado em baiana do acarajé, prepara e vende tanto o seu acarajé quanto a sua criação artística.
Um olhar descentralizado para a cena local
Ao todo, a programação do FIT BH 2022 contará com 20 espetáculos de companhias e artistas de Belo Horizonte e Região Metropolitana, entre produções prospectadas pela curadoria, convidadas e selecionadas a partir de um chamamento público. A diversidade e a descentralização também marcam o olhar do time curatorial para a cena local, tanto nas propostas e temáticas de cada apresentação, quanto nas áreas da atuação dos grupos e artistas realizadores.
Grupos de Teatro da capital marcam presença na programação do FIT BH 2022. Entre eles, Teatro Negro e Atitude, Grupo Galpão, Quatroloscinco e Oficcina Multimédia. O Teatro Negro e Atitude apresenta “À Somba da Goiabeira”, um reencontro entre pai e filho. Galpão apresenta o celebrado “Nós”, que marca o encontro do grupo com o diretor Márcio Abreu. Já o Quatroloscinco encena seu espetáculo mais recente, “Tragédia”, uma leitura contemporânea para "Antígona", de Sófocles. O Grupo Oficcina Multimédia apresentará de maneira on-line as montagens “Aldebaran” e “Maquinária”, ambas integrantes da chamada “Trilogia da Crueldade”.
Grupos de destaque da cena belorizontina, Toda Deseo, Grupo Oriundo de Teatro e Divinas Tetas apresentarão no Festival suas montagens mais recentes, todas de 2022. Em “Trilogia de Traumas” o Toda Deseo apresenta a junção de três trabalhos solos de integrantes do grupo, construídos a partir de experiências autobiográficas de cada um dos artistas. O Grupo Oriundo de Teatro também traz um solo autobiográfico para a programação, com “Death Lay – na vida tem jeito pra tudo”, que reflete sobre o direito de viver e de morrer com dignidade no Brasil. Já “Ladeira a Bausch”, do Divinas Tetas, por meio das linguagens da palhaçaria, do teatro e do circo-cabaré, busca ampliar a visão da sociedade sobre questões envolvendo sexualidade e gênero.
Em cena: a América Latina
Quatro espetáculos internacionais completam a programação do FIT BH 2022. Essa é a oportunidade do público da capital mineira conferir produções estrangeiras com seus pontos de contato e de contraste em relação à nossa cena local e nacional de teatro. Nessa edição do Festival, todas as montagens convidadas são latino-americanas representantes do Chile, da Argentina e do México.
Da Argentina, o FIT BH recebe “Solilóquio”, um solo de Tiziano Cruz que discute como é se sentir imigrante dentro de sua própria terra - num olhar para os povos do norte da Argentina e a política de branqueamento do país. O espetáculo mexicano “Tijuana”, do grupo Lagartijas Tiradas al Sol, aborda a desigualdade social do país latinoamericano questionando: O que significa democracia no México para milhões de pessoas que vivem com salário mínimo?
Já o Chile integra a programação com dois espetáculos. “Fuego Rojo”, do Coletivo La Patogallina, que apresenta uma “América Latina em construção”, a partir de uma montagem teatral-circense inspirada no realismo fantástico, utilizando a manipulação de objetos e a música ao vivo para a criação de imagens poéticas. Já em transmissão on-line, o grupo chileno Kimvn Teatro apresenta “Trewa”. No espetáculo, o grupo de teatro documental traz um sensível olhar para três casos de violência contra a comunidade Mapuche no país.
Ações formativas
Além de uma importante plataforma para a exibição e difusão de espetáculos, o FIT BH tem como marca ser um espaço dedicado ao pensamento e ao debate acerca do fazer teatral. Uma série de ações formativas integram o chamado “Território dos Saberes” dessa edição. As atividades incluem Oficinas e Workshops, acerca de temas como Escuta Criativa, Dança Raiz e Corporeidades Negras e Teatro e Infância; uma Residência de Criação em homenagem a Raul Belém Machado, e uma série de Conversaçõesmultidisciplinares, com grupos e artistas, além de homenageados desta edição.
A Funarte MG receberá a “Ocupação João das Neves”, uma justa homenagem a um dos ícones do teatro mineiro. Entre os dias 7 e 10 de novembro, o espaço será tomado por uma programação composta por conversações temáticas, ocupação literária com exposições de livros e ainda um show com a companheira de vida e de arte de João das Neves, Titane. Permeando esses quatro dias de Ocupação, será realizada também uma Residência Artística imersiva em formato de laboratório de criação, com experimentações e trocas entre 6 propostas artísticas selecionadas através de inscrição prévia.
Exposição itinerante
Homenageado desta edição do FIT BH, o fotógrafo Guto Muniz contará com uma exposição itinerante registrando seus 35 anos de trabalhos dedicados ao teatro realizado em Belo Horizonte, em Minas Gerais e no Brasil. Em um ano onde importantes companhias de teatro de Belo Horizonte completam “datas cheias” de aniversário, a proposta dessa exposição é também prestar uma homenagem ao teatro de grupo da capital. A exposição será montada dentro de um ônibus que circulará pela cidade acompanhando a programação de espetáculos do evento.
Mostra de processos
Em reconhecimento à trajetória do teatro de grupo de Belo Horizonte, o FIT BH 2022 convida os grupos Cóccix Cia. Teatral, A Patela: Cia Provisória de Teatro, Cia. Olho Nu e Grupo Oficcina Multimédia para abrirem ao público os processos de criação de espetáculos que marcaram suas histórias ou que ainda estão em construção e ocuparão os palcos da cidade em breve. A Mostra de Processos ocorrerá entre os dias 7 e 11 de novembro em espaços como o Centro de Referência da Dança e o Cine Santa Tereza.
Mostra audiovisual
Um importante aprendizado da pandemia, quando os encontros presenciais foram interrompidos por tempo indeterminado, o uso do ambiente on-line como plataforma de exibição e discussão é também uma marca desta nova edição do FIT BH. Assim, o Festival contará com Mostra Audiovisual, totalmente on-line. Além das já citadas apresentações do Grupo Oficcina Multimédia e dos chilenos do Kimvn Teatro, a Mostra será composta por peças teatrais, performances, documentários e curtas-metragens. As exibições gratuitas serão realizadas no site do Festival.
Em destaque, um bate-papo com Ione de Medeiros, encenadora, pianista, pesquisadora de teatro, curadora, produtora cultural e educadora brasileira; o documentário“Fabulosa Nickary Aycker”, sobre a artista, drag queen e atriz belorizontina, uma mulher travesti de 37 anos, preta, moradora da periferia e integrante de coletivos regionais; e a exibição dos projetos “Arqueologias do futuro” e “Futuros sobre telas”, do Museu dos Meninos, obras acerca das vidas de jovens negros da Favela do Amaré, produzidos pelos próprios artistas.
Histórico
Realizado pela primeira vez em 1994, o FIT BH alcançou, desde a primeira edição, uma excelente recepção junto à população belo-horizontina, indo ao encontro da forte vocação da cidade para o teatro de grupo e a experimentação artística. Sua importância para o cenário cultural da cidade foi reconhecida e, em 31 de janeiro de 2008, por meio da Lei 9.517, o festival foi instituído como evento oficial, passando a ser realizado bienalmente pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura. O Festival já trouxe a Belo Horizonte grupos e artistas de 45 países, contemplando produções de todos os continentes. Consolidado como um dos mais importantes festivais internacionais de teatro do país, valorizando a difusão, a formação, a reflexão e o intercâmbio culturais.
Em 29 de dezembro de 2004 foi sancionada a Lei 9.000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural do município. Em 28 de outubro de 2014, o Teatro, o Teatro de Rua e o Teatro de Bonecos de Belo Horizonte foram certificados com registro de proteção de Bem Cultural Imaterial, por se tratar de manifestações culturais de relevante valor histórico, social e cultural para a cidade, conforme inventariado no dossiê elaborado pela Diretoria de Patrimônio Cultural / Fundação Municipal de Cultura. Em 2022, após a não realização do FITBH em 2020, em razão da pandemia, o evento retorna ancorado e balizado por estes marcos legais valorizando e repercutindo o teatro produzido em Belo Horizonte enaltecendo o seu papel enquanto patrimônio imaterial, trazendo a maioria dos espetáculos da programação geral como produções belo-horizontinas.
Para o FIT BH 2022, a Prefeitura tem como parceiro realizador o Instituto Odeon, selecionado por meio de chamamento público, que terá como parceiro na produção a Rubim Produções, empresa com extensa trajetória na área de artes cênicas.
SERVIÇO:
15º Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte – FIT BH 2022
Filme chega aos cinemas brasileiros em 2 de novembro
São Paulo, 25 de outubro de 2022 - O novo filme da franquia One Piece, um dos animes mais famosos do mundo, ONE PIECE FILM RED chega aos cinemas de todo o Brasil a partir de 2 de novembro. Antecipando o encontro dos fãs com Uta, a Diamond Films acaba de lançar o trailer oficial dublado do filme.
A pré-venda de ONE PIECE FILM RED está disponível e o público já pode garantir ingressos para a semana de estreia do filme, de 2 a 9 de novembro.
Dirigido por Goro Taniguchi (Code Geass), ONE PIECE FILM RED é o 15º filme de One Piece e estará em cartaz nos cinemas brasileiros nas versões dublada e legendada. O elenco de vozes nacionais do filme conta com Adrian Tatini (Usopp), Agatha Paulita (Chopper), Bianca Alencar (Uta), Carol Valença (Luffy), Guilherme Briggs (Brook), Silvio Giraldi (Sharks), Tati Keplmair (Nami), Wendel Bezerra (Sanji) e Glauco Marques (Zoro), entre outros.
Sobre a Diamond Films
A Diamond Films é a maior distribuidora independente da América Latina. Fundada em 2010, se destaca por distribuir os melhores filmes independentes da indústria cinematográfica. Atualmente, a empresa atua em sete países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México. No ano de 2016 começou a atuar no mercado europeu, por meio da sua filial na Espanha. No Brasil desde 2013, a Diamond Films distribuiu títulos como 'Os Oito Odiados'; 'Lion - Uma Jornada para Casa', ‘Moonlight - Sob a Luz do Luar', 'Green Book - O Guia', ‘Moonfall – Ameaça Lunar’, ‘No Ritmo do Coração’, ‘Spencer’, ‘A Pior Pessoa do Mundo’ e ‘Órfã 2: A Origem’.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!