Parque da Mobilidade Urbana recebe Ricky Ribeiro, CEO da Mobilize, e Luísa Peixoto, Gerente de Políticas Públicas e Especialista de Mobilidade da MaaS Global

junho 25, 2022

Deixar um legado está na força da mente, diz Ricky Ribeiro, portador de E.L.A, no segundo dia do evento que tem entrada gratuita, e continua até este sábado, 25

E se tivéssemos dados abertos dos meios de transporte em todas as cidades brasileiras? Esta foi a pergunta provocada por Luísa Peixoto, Gerente de Políticas Públicas e Especialista de Mobilidade da MaasS Global, presente no segundo dia de Conferências do Parque da Mobilidade Urbana. 

 

Luísa explicou como funciona a MaaS - Mobilidade como Serviço - e como o Brasil pode chegar ao patamar de implementar essa política pública em território nacional. Segundo a Gerente de Políticas Públicas, é impossível implementar a mobilidade como serviço sozinho. A MaaS Global recentemente adquiriu a startup brasileira Quicko para juntas pensarem soluções a esse ecossistema no país. Luísa salientou que tudo começa pela abertura de dados oriundos do Governo. Essas informações são trabalhadas para que transformem-se em informações úteis para a sociedade. 

 

“Ser o elo que vai qualificar o sistema de transporte e conectá-lo às pessoas por meio de facilitação e tecnologia é o propósito da mobilidade como serviço. Para oferecermos um ecossistema integrado, a bilhetagem digital aberta e os dados compartilhados são essenciais para o progresso do setor e satisfação do cliente. Isso só é possível se houver colaboração entre os setores público e privado”, defende Luísa Peixoto. 

 

Em seguida, no mesmo Palco Augusta, Ricky Ribeiro, Fundador e CEO da Mobilize, e portador da E.L.A - Esclerose Lateral Amiotrófica - tomou o palco com sua leitura óptica e fez sua apresentação em powerpoint, mostrando como fundou a Mobilize, após 2 anos do diagnóstico da doença, sem cura, que transformaria sua vida para sempre. Ricky reforçou a importância da manutenção das calçadas, sobretudo a ele que vive sobre uma cadeira de rodas pesando em torno de 200 quilos. 

 

A principal mensagem deixada por Ricky Ribeiro é que o legado é construído pela força da mente. Hoje, o CEO da Mobilize viaja o Brasil e o mundo para palestrar contando sua história e mostrando sua experiência com a mobilidade. Antes de ser diagnosticado, Ricky era ciclista e se deslocava pelas cidades, no Brasil e exterior, somente por meio de bicicletas e transporte público. 

 

Samuel Salomão, Presidente da Speedbird Aero, abriu a tarde trazendo a realidade de hoje no ecossistema de drones. O que se pode esperar da entrega via drones? Salomão afirmou que somente em janeiro deste ano foi autorizado o voo para rotas comerciais, que foram solicitadas para operar em qualquer lugar do Brasil. “Junto com a Anac, fomos entender sobre a segurança da entrega no Brasil, mas como estruturar de forma segura e financeiramente viável?”, questionou o CEO da Speedbird. 

 

De acordo com Salomão, os drones não estão nas áreas de aviões, e, por ser um modal disruptivo, sua implementação é gradual e contínua. “As rotas são automatizadas e uma vez obtendo aprovação do DECEA, o operador não interfere e não pode mudar a rota. A câmera não filma as residências e não invade a privacidade de ninguém, apenas monitora as rotas. Um ponto de pouso viável seria em condomínios para que tivéssemos drones entregando encomendas em nossas casas”, disse.  

 

Daniel Guth, Diretor Executivo da Aliança Bike, associação com foco na economia da bicicleta, participou do painel de logística urbana trazendo possíveis soluções para a logística nas grandes cidades. Guth contou como a ciclologística nasceu e disse que a bicicleta se deu por conta de carteiros que foram desenvolvendo um produto para uso urbano. A ciclologística são empresas que contratam seus ciclistas para fazer entregas por aplicativo, no varejo ( com o comércio local entregando nas residências), nas indústrias, e nos serviços de manutenção. “Nas grandes embarcadoras, a bicicleta convencional já é usada por pelo menos 8% das empresas. A capacidade de carga e o tempo são dois pontos relevantes levados em conta para que possam escolher as bicicletas como meio de entrega”, afirmou. 

 

Outro painel também abordado neste segundo dia de Parque da Mobilidade Urbana tratou sobre os e-vtols. Lucas Fontoura da HeliSul Drones, afirmou que a mobilidade urbana é sinônimo de congestionamento nos dias atuais e o transporte terrestre é o principal modal utilizado. “Acessibilidade, custo, tempo, versatilidade, facilidade e conforto são os critérios do usuário hoje para escolher um modal de transporte. A ideia do e-vtol para centros urbanos é permitir velocidade média perto de 90km/h com custo próximo ao uso de uma viagem de uber ou táxi”, comentou Fontoura.

 

O Parque da Mobilidade Urbana continua no Memorial da América Latina até este sábado, 25, com muito conteúdo e atividades interativas para todos os públicos. Para acompanhar a transmissão online ou obter mais conteúdos, basta acessar o canal do You Tube da Connected Smart Cities.

 

Serviço:

Parque da Mobilidade Urbana 2022

Local: Memorial da América Latina - Barra Funda - São Paulo

Quando: 23 a 25 de junho de 2022

Mais informações pelo site

 

 

 


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